Veja o que se sabe sobre caso de jovem de 25 anos encontrada morta dentro do próprio carro dois dias após desaparecer no PR

A morte de Zarhará Hussein Tormos, de 25 anos, é investigada pela Polícia Civil de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A vítima foi encontrada morta dentro do próprio carro dois dias após desaparecer.
O corpo dela foi encontrado na última sexta-feira (28) no banco traseiro do veículo com as mãos e pés amarrados, e sinais de lesões por disparo de arma de fogo.
A seguir o g1 lista o que se apurou até o momento, desde o desaparecimento até a vítima ser encontrada, e o que falta ser esclarecido sobre o caso.
- O desaparecimento
- O corpo encontrado
- A polícia já possui suspeito pelo crime?
- Homenagens
- O que falta esclarecer
1. O desaparecimento
Zarhará morava sozinha, segundo a família, e cursava biomedicina em uma faculdade particular de Foz do Iguaçu. Foi justamente neste local que ela foi vista pela última vez na quarta-feira (26).
Segundo postagem da instituição e dos familiares nas redes sociais, ela esteve no local e saiu de lá na parta da noite, sozinha, em seu carro de cor vermelha.
Após o desaparecimento, a família registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) e a polícia passou a investigar o desaparecimento.
2. O corpo encontrado
A jovem Zarhará foi encontrada morta dentro do próprio carro na tarde de sexta-feira (28).
O corpo da vítima foi encontrado próximo a um atrativo turístico na rodovia das Cataratas, que leva ao Parque Nacional do Iguaçu. De acordo com a Polícia Militar (PM-PR), ela estava no banco traseiro do veículo, com as mãos e pés amarrados e sinais de lesões por disparo de arma de fogo.
O local onde o carro foi encontrado foi isolado pelos PMs e uma equipe da Polícia Cientifica foi acionada.
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Vítima foi encontrada morta na sexta (28) em seu próprio carro — Foto: Jéssica Bergamo/RPC Foz do Iguaçu
3. A polícia já possui suspeito pelo crime?
Em entrevista à RPC, a Polícia Militar (PM) informou na sexta (28), após o corpo ser encontrado, que o principal suspeito pela morte dela é o ex-namorado. Familiares disseram a corporação que a jovem tinha terminado o relacionamento com o homem e tinha uma medida protetiva contra ele.
O g1 questionou a Polícia Civil sobre a possível autoria do crime, mas não obteve resposta até esta publicação.
A Patrulha Maria da Penha confirmou à RPC que a jovem possuía medida protetiva contra o ex-namorado desde novembro do ano passado. A instituição afirma que após o registro, a jovem não reportou o descumprimento para a Patrulha ou a Delegacia da Mulher.
Ainda segundo a patrulha, o Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado em novembro de 2024 relatava que o ex-companheiro a seguia, não aceitava o fim do relacionamento entre eles e que tinha sequestrado o gato da vítima.
4. Homenagens
A morte da jovem comoveu a cidade. Em postagens em diferentes redes sociais, amigos e familiares se manifestaram contando falando sobre a jovem, lembrada pelo bom humor e carinho com que tratava todos ao seu redor.
Entre as publicações, está a do irmão dela, Mohamed Lesque. Muito abalado ele afirmou ter morrido parte dele com a irmã.
"A pior dor do mundo é a dor de perder alguém que você ama. E hoje eu perdi você. Estou tendo que engolir seco e aceitar que não importa o quanto eu chore, não importa o nível da minha dor, ou quanto eu implore. Nada vai trazer você de volta", escreveu o irmão de Zarhará.
"Hoje morreu uma parte de mim junto com você. Eu te amo pra sempre. Obrigado por tudo. Enterrei minha irmã. Vítima de feminicídio", lamentou o jovem na publicação.
O corpo da jovem foi enterrado no sábado (1º) em Foz do Iguaçu.
5. O que falta esclarecer
Em nota, a Polícia Civil informou que começou a ouvir testemunhas no sábado para esclarecer as circunstâncias do crime. "As diligências continuarão de forma incessante até a completa apuração dos fatos", afirmou a polícia, sem mencionar possíveis suspeitos.
Falta esclarecer o que aconteceu com a jovem após ela sair da faculdade até ser encontrada morta. falta esclarecer também a autoria dos fatos, se o crime foi praticado pelo ex-namorado ou por alguma outra pessoa e o que teria motivado tamanha brutalidade.
Informações sobre o caso podem ser repassadas à Delegacia de Homicídios pelo Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone (45) 99932-1176, diretamente à equipe de investigação e de forma anônima.
Por - RPC