Paraná

Saúde pleiteia aumento das doses de vacina contra meningite no Paraná

Saúde pleiteia aumento das doses de vacina contra meningite no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde está pedindo ao Ministério da Saúde o aumento no número de doses da vacina contra a meningite, que está em falta em alguns municípios do Paraná. Emergencialmente, a secretaria fez o remanejamento dos estoques entre as várias Regionais de Saúde para evitar o desabastecimento, na medida do possível.

 

A região de Francisco Beltrão, um dos locais onde falta a vacina, registrou a morte de um adolescente de Pérola do Oeste que estudava em Capanema. O rapaz, de 16 anos, estava desde 1º de março no Hospital Regional do Sudoeste e morreu no dia 5.

 

Ainda não é possível saber o tipo de meningite, que está em análise no Laboratório Central do Estado (Lacen). De acordo com o governo paranaense, o Estado está recebendo doses em quantidades insuficientes há mais de um ano. A demanda de meningogócica C conjugada é de 88 mil doses/mês e o ministério envia uma média de 66 mil.

As vacinas que fazem parte do calendário oficial são a Meningo C, a Pneumo 10-Valente, a Haemophilus influenzae e a BCG, que imuniza contra formas graves de tuberculose com possibilidades de evoluírem para meningite.

 


No caso da meningite do tipo B, a vacina não faz parte do calendário definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Por isso, não está disponível na rede pública.

 

NÚMEROS – Em 2018, o Paraná teve 1.601 casos de meningite dos mais variados tipos, com 108 mortes. Estes são dados preliminares, assim como os deste ano, quando ocorreram 144 casos com 14 mortes.

 

Armando Salvatierra, médico pediatra, diz que a rapidez com que as informações são divulgadas dá uma sensação de que há um surto da doença. Mas segundo o médico, o número de casos permanece relativamente estável. “Quando acontece um caso grave assim de morte de uma pessoa famosa ou alguém da família, há uma sensação de que os casos aumentaram e há uma procura maior. Mas na verdade sempre há registros de casos de meningite e segue a orientação para cumprir o calendário de vacinação, tanto da rede pública quanto da privada”, informa ele.

 

O médico recomenda que as pessoas procurem tomar todos os tipos de vacina contra as variações da meningite. “Com as vacinas contra meningite no Sus, as meningites mais agressivas que eram mais frequentes na década de 70, estão desaparecendo. Meu conselho é de que as pessoas façam todas as vacinas disponíveis”.

 

Os principais sintomas da meningite são dor de cabeça, rigidez da nuca, febre, convulsão e vômito. Nas crianças abaixo de um ano, observa-se choro persistente e inchaço na moleira. Em alguns casos, o paciente pode também apresentar manchas vermelhas na pele.

 

De acordo com as informações da Secretaria Municipal de Saúde, em Curitiba houve uma redução no número de vacinas enviadas ao Estado e por conta disso, as Unidades de Saúde de Curitiba tem feito um remanejamento das doses, conforme a demanda. (Com CBN Curitiba)

 

 

 

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