Família de menina morta em acidente pede justiça; PM desmontou bloqueio
Durou aproximadamente 18 horas o protesto de familiares de Maria Eduarda na Avenida Piquiri, Bairro Brasmadeira em Cascavel.
Parentes e amigos bloquearam a via ainda na tarde de terça dia 21, num pedido de justiça.
Eles queimaram pneus, estenderam cartazes e colocaram cones para impedir passagem de veículos.
Apenas ambulâncias e pessoas que trabalhavam em locais próximos foram liberadas para passar, além de pedestres, durante esse período.
Os manifestantes pediam a presença da Polícia Civil ou de juízes, que acompanham a investigação sobre a morte da menina, que não resistiu após ser atropelada na noite do último sábado dia 18.
A mãe da criança, Gisele Mendes, disse que quer o culpado pela morte de Maria Eduarda preso.
E questiona porque a polícia não fez a prisão em flagrante do condutor do veículo.
A família só saiu do local porque a Polícia Militar interviu.
Duas viaturas da PM foram até o local, e os militares retiraram o bloqueio, liberando para o trânsito. O major Cícero Tenório foi quem conversou com familiares.
Segundo o Major, a intervenção foi necessária porque a via é um trajeto importante para toda a região norte da cidade e o protesto estava gerando transtornos.
A Polícia Civil, em nota, disse que já se manifestou de forma detalhada sobre a investigação e que neste momento atua com foco em acelerar o andamento do inquérito.
A Polícia diz que não coube a simples liberação do investigado, porque não foi possível a apresentação dele à autoridade policial. Isso ocorreu, segundo a polícia, em razão das agressões físicas contra o investigado, que precisou ficar em internamento hospitalar.
A Polícia diz que, a ação dos populares em linchar o acusado acabou por prejudicar uma possível autuação em flagrante. A polícia considera o protesto um direito da família e ressalta que trabalha com afinco no caso.
O promotor de Justiça de Cascavel, Alex Fadel, acompanha o caso. Segundo ele, a razão de o acusado não ter sido preso em flagrante deve ser levantada junto à delegacia de Polícia Civil. Mas, a regra geral é que haja prisão em flagrante, ainda que o acusado fique custodiado no hospital, o que não ocorreu.
Caso o motorista fosse preso, possivelmente seria liberado mediante pagamento de fiança ou cumprimento de outra medida cautelar, já que raramente uma pessoa fica presa por crime de trânsito.
Agora, as providências são investigar, como ouvir testemunhas, o condutor do carro, perícias no veículo automotor e câmeras de segurança que comprovem o atropelamento.
Essas informações serão acrescentadas em inquérito policial e encaminhadas ao Ministério Público, para aí sim determinar o tipo de crime cometido.(Com CBN).