Polícia faz operação contra suspeitos de causar prejuízo de mais de R$ 125 milhões ao Estado do Paraná
A Polícia Civil deflagrou uma operação, nesta terça dia 28, contra suspeitos de causar prejuízo de mais de R$ 125 milhões ao Estado do Paraná. São apurados crimes que, segundo a polícia, foram praticados por pessoas ligadas à JMK – empresa responsável pela manutenção dos veículos oficiais do governo estadual.
Quatorze investigados foram presos no início desta manhã, entre eles, um dos donos da empresa.
Policiais civis foram até o endereço onde ele mora, em um condomínio de luxo perto do Parque Tingui, em Curitiba, mas o suspeito não estava em casa. De acordo com a Polícia Civil, ele foi na segunda-feira (27) para um spa em Campos de Jordão (SP) e acabou sendo detido lá junto com a esposa. No condomínio, na capital paranaense, foram apreendidos três carros de luxo.
Até a última atualização desta reportagem, não se sabia os locais de todas as prisões. Ao todo, há 15 mandados de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão, de acordo com a Polícia Civil.
A Polícia Civil ainda não informou o que aconteceu com 15ª alvo, que até as 8h não tinha sido preso.
Outras ordens judiciais determinam o bloqueio de contas bancárias, além da apreensão de 24 carros de luxo que eram usados pela organização criminosa.
O G1 tenta localizar representantes da JMK e também a defesa do dono da empresa, que foi preso, para comentar a operação.
Os mandados da operação, batizada de "Peça Chave", foram expedidos pela 8ª Vara Criminal de Curitiba. Mais de 100 policiais participam da ação.
A investigação
Conforme a Polícia Civil, a investigação mostrou que os responsáveis pela JMK estabeleceram um sistema que envolvia a falsificação e a adulteração de orçamentos de oficinas mecânicas para aumentar o valor do serviço prestado.
Os superfaturamentos chegavam a 2450%, segundo a Polícia Civil.
Outra suspeita da polícia é de que peças de qualidade e preço inferiores, provenientes do mercado alternativo, eram utilizadas para a manutenção de ambulâncias e de veículos policiais. Além disso, o valor cobrado ao Estado do Paraná era o de peças originais.
'Laranjas' e empresas de fachada
Os chefes do esquema criaram, de acordo com a Polícia Civil, uma estrutura com "laranjas" e empresas de fachada. Desse modo, ocultavam e dissimulavam a origem criminosa do dinheiro.
Conforme a Polícia Civil, os crimes praticados pela organização são:
Fraude à licitação
Falsidade ideológica
Falsificação de documento particular
Inserção de dados falsos no sistema
Fraude na execução do contrato
Lavagem de dinheiro
As informações são do G1.
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