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Paraná é o primeiro estado do País a aderir ao Sistema Nacional de Análises Balísticas

Paraná é o primeiro estado do País a aderir ao Sistema Nacional de Análises Balísticas

A Polícia Cientifica do Paraná passou a integrar o Sistema Nacional de Análises Balísticas (Sinab) nesta quinta-feira (3). O

evento de adesão foi na sede da Secretaria estadual da Segurança Pública, em Curitiba, com a participação do vice-governador Darci Piana e do secretário nacional da Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim.

O Paraná foi o primeiro estado a aderir ao Sinab. O Laboratório de Balística Forense da Polícia Científica do Estado conta com um indexador balístico, adquirido pelo governo federal, e receberá outro em breve, comprado pelo Governo do Estado, para aumentar a capacidade de processamento de vestígios. Está sendo adquirido, também, um microcomparador balístico. O investimento nos três equipamentos é de R$ 8,3 milhões.

Darci Piana destacou a confiança que o secretário nacional depositou no Estado. “Tenho certeza que isso vai ajudar muito, não só as nossas polícias do Paraná, mas também toda a polícia do Brasil. A integração que vai acontecer num futuro próximo vai ajudar toda segurança nacional. É fundamental esse aprimoramento da Polícia Científica, principalmente na questão da tecnologia”, disse. 

O Sistema Nacional de Análises Balísticas foi criado em 2021 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com o objetivo de auxiliar as forças policiais na resolução de crimes cometidos com arma de fogo, por meio de apurações criminais federais, estaduais e distritais.

Além do sistema, também foi criado o Banco Nacional de Perfis Balísticos, importante recurso que receberá vestígios de crimes violentos cometidos com arma de fogo de todo o Brasil, ao qual o laboratório da Polícia Científica paranaense está vinculado.

De acordo com o secretário nacional da Segurança Pública, o foco da pasta é desenvolver ações estruturantes que farão diferença na gestão. “O Sinab é uma ação estruturante que melhora não só a qualidade dos serviços da Polícia Científica, mas também da Polícia Civil e da Polícia Federal, que receberão o mesmo equipamento. Com essa ferramenta terão melhores condições de fazer a repressão qualificada e o enfrentamento a crimes que afetam a sociedade, como, por exemplo, o novo cangaço”, explicou.

O secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, destacou que o Paraná passou a ter mais credibilidade no cenário nacional porque faz um trabalho sério e comprometido com a valorização do profissional. “Aproveitamos a aquisição do governo federal de indexadores balísticos, equipamentos de alto nível tecnológico, e adquirimos mais um indexador e um microcomparador balístico, o que vai ampliar a capacidade do procedimento de indexação de análises”, disse.

“Integrar o Banco Nacional de Perfis Balísticos significa um grande avanço para a segurança pública do Paraná e de todo o Brasil, porque com essa tecnologia poderemos ter uma maior resolutividade de crimes, principalmente de mortes violentas e de crimes contra a pessoa”, complementou.

EXCELÊNCIA – Para o diretor do Instituto Médico Legal do Paraná, André Ribeiro Langowiski, a adesão é a confirmação da excelência que a Polícia Científica do Paraná está demonstrando no cenário nacional. “Com isso, o Estado investe em algo fundamental para melhorar a nossa atuação através de novas tecnologias. Por meio desse banco de dados, poderemos, por exemplo, determinar se uma mesma arma foi usada para cometer crimes em diferentes estados, o que facilita na solução do crime e também melhora a integração das forças de segurança”, explicou.

Para integrar ao programa, os servidores da Polícia Científica vão passar por um treinamento. Depois o Paraná passa a inserir informações técnicas de estojos e projéteis de armas de fogo no Banco Nacional de Perfis Balísticos, os quais poderão ser utilizados para fazer análises de vínculo com armas de fogo em todo do Brasil. 

Segundo o diretor do Instituto de Criminalística do Paraná, Mariano Schaffka Netto, este equipamento não só é um avanço tecnológico, mas também traz conforto aos profissionais na análise de imagens. “O Paraná foi o primeiro a receber o indexador e não foi por acaso, pois durante a primeira fase, em que a Senasp veio nos visitar, eles perceberam o engajamento e a qualidade técnica dos integrantes da Criminalística”, destacou.

ORIGEM – Durante o evento, o coordenador do Sistema Nacional de Análises Balísticas, Lehi Sudy dos Santos, apresentou a origem do programa, como será a expansão e explicou a importância de um sistema integrado, não apenas dos estados, mas também das polícias.

“Com esse sistema poderemos ligar crimes cometidos com a mesma arma, identificar a arma usada no crime, além de estruturar laboratórios de balísticas em todos os estados, treinar e uniformizar procedimentos e facilitar a cooperação entre a investigação e a perícia”, afirmou.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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