Número de trabalhadores que se viram por conta própria bate recorde no Paraná
O número de pessoas trabalhando por conta própria (os famosos autônomos) bateu recorde no Paraná neste começo de 2019. Segundo informações divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro semestre deste ano havia 1,413 milhão de paranaenses atuando de forma autônoma, recorde da série histórica iniciada em 2012.
Mas se o número de trabalhadores se virando por conta própria cresce, o mercado de trabalho como um todo segue estagnado. De acordo com a PNAD Contínua, no primeiro trimestre deste ano havia 5,5 milhões de pessoas ocupadas no Paraná (o equivalente a 58,9% da população em idade para trabalhar), ao passo que no último trimestre de 2018 o número era de 5,529 milhões (uma redução de 0,5%).
Na prática, então, temos um cenário no estado em que 25% dos trabalhadores ocupados (ou seja, que exercem alguma atividade remunerada) atuam de forma autônoma. Os números são reflexo da readaptação do mercado de trabalho após as perdas com a crise. Em um cenário de recuperação mais lento do que o esperado, as vagas formais não crescem da maneira esperada.
O trabalho por conta própria, então, apresenta-se como alternativa ao desemprego, em especial num momento em que as tecnologias disruptivas ganham um notável espaço no mercado trabalhista. Gigantes como a Uber e a 99, aplicativos de carona, são exemplos já clássicos. Mais recentemente, foi vez da Lavô, um app de Lava Car, ganhar espaço.
No último dia 11, menos de duas semanas após a inauguração do serviço em Curitiba, já se fez necessária a promoção de um novo treinamento para os parceiros do aplicativo. E isso por causa da grande procura de pessoas interessadas em trabalhar com o app – foram mais de 1.000 inscrições de profissionais interessados.
Taxa de desemprego cresce no primeiro trimestre
A taxa de desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD-C), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas outras 13 unidades, a taxa manteve-se estável.
A taxa de subutilização (os que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam e que estavam disponíveis para trabalhar mas não conseguiram procurar emprego) do primeiro trimestre foi a maior dos últimos da série histórica (iniciada em 2012) em 13 das 27 unidades da Federação.
As maiores taxas foram observadas no Piauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), na Paraíba (34,3%), no Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%). A taxa média de subutilização no país foi de 25%, também a maior da série histórica.
Desalentados
Os maiores contingentes de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) no primeiro trimestre deste ano foram registrados na Bahia (768 mil pessoas) e no Maranhão (561 mil). Os menores foram observados em Roraima (8 mil) e no Amapá (15 mil).
Os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada estavam em Santa Catarina (88,1%), no Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,5%) e Pará (53,0%).
Paraná
A taxa de desocupação no Paraná nos primeiros três meses de 2019 caiu em relação ao primeiro trimestre do ano passado e faz com que o Estado tenha um dos menores índices de desemprego no país. Além disso, o rendimento médio real dos trabalhadores paranaenses é o quarto maior do país.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,9% dos moradores do Estado estão procurando emprego – esse índice era de 9,6% em 2018. Apenas Santa Catarina (7,2%) e Rio Grande do Sul (8%) possuem marcas melhores. (Com Bem Paraná)
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