Coronavírus: Morte de funcionária de agroindústria acende alerta no setor
A Secretaria Municipal de Saúde de Paranavaí, no Paraná, confirmou na terça dia 14, a primeira morte de uma paciente que trabalhava em uma indústria de carne da cidade por conta do novo coronavírus.
Segundo o secretário de Agricultura da cidade, Tarcísio Barbosa de Souza, até o momento, outras cinco pessoas da mesma unidade já foram confirmadas com a Covid-19.
“Buscamos alternativas para minimizar impactos, mas sabemos que não vamos escapar disso. A empresa possui cerca de 1.800 funcionários e é preocupante a situação”, comenta.
De acordo com Souza, o agronegócio na cidade é muito importante e o setor de aves possui papel fundamental na economia. “Essa situação nos preocupa já que a doença afeta agora a agroindústria. A empresa abate por dia cerca de 120 a 130 mil frangos e no mês, cerca de 2 milhões de aves”, conta.
Ele conta ainda que após a morte e a confirmação de outros casos em funcionários, foi estipulado uma paralisação da indústria por 10 dias. No entanto, novas discussões apontam necessidade de prazo ser estendido para 14 dias de paralisação das atividades. “Para que essas pessoas sejam monitoradas e a gente tenha certeza que não vai contaminar mais gente”.
A GTFoods, empresa onde a prefeitura de Paranavaí disse que a funcionária trabalhava, afirmou que não vai se posicionar sobre o tema. Em nota publicada no dia 11 de abril, a empresa informou a paralisação das atividades no período de 09 até 19 de abril e disse estar atendendo as determinações da Secretaria de Saúde da cidade sobre isolamento social e cumprimento da quarentena.
Até o momento, dados da Secretaria de Saúde do Paraná confirmam oito casos de Covid-19 em Paranavaí e uma morte. Já de acordo com a prefeitura da cidade, que contabiliza testes rápidos da doença, o número de casos chega a 12.
Em nota, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que monitora por meio de diversos comitês temáticos, junto aos associados, o enfrentamento da crise da Covid-19. A entidade afirma que antes mesmo do início da adoção da quarentena em vários estados do país, a associação se certificou de que as empresas associadas adotaram medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção e garantir a produção de alimentos seguros e a oferta de alimentos para a população. (Com Canal Rural).