Londrina é epicentro da dengue no Paraná, mosquitos estéreis são usados para reduzir a transmissão
Cidade busca saída estratégica para conter avanço da doença e frear números.
Londrina adotou uma nova estratégia para combater a dengue: a utilização de mosquitos estéreis. A região registra o maior número de mortes pela doença no estado. São 27 desde julho de 2022 e mais de 31 mil casos de dengue confirmados no período epidemiológico, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Agentes de saúde soltarão 175 mil mosquitos Aedes Aegypti machos estéreis toda segunda e quinta-feira, pelas próximas 23 semanas.
De acordo com o biólogo Filipe dos Anjos, o primeiro estudo foi realizado na cidade de Jacarezinho, com uma redução da infestação de mosquitos em aproximadamente 90%.
A prefeitura espera diminuir a população do vetor e conter a circulação do vírus da dengue.
O bairro do Mister Thomas, em Londrina, foi escolhido para iniciar o experimento com a soltura de 350 mil mosquitos. A região tem um alto índice de infestação do Aedes, com 30% dos imóveis apresentando larvas do mosquito.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a principal expectativa dessa iniciativa é reduzir cem por cento a circulação do Aedes aegypti.
O secretário também explica]ou que nesta semana teve início o trabalho de campo para a terceira edição do Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) em 2023.
O LIRA é uma ferramenta que permite identificar, por meio de amostragem, como está o índice de infestação predial do mosquito transmissor da dengue, quais localidades com maior presença do mosquito, e ainda, quais são os principais focos identificados.
Por Marinna Prota (AERP)