Falsa venda de imóveis: Chefes de quadrilha estão foragidos
A Polícia Civil ainda procura por cinco suspeitos apontados como cabeças de duas quadrilhas responsáveis pela falsa venda de terrenos no Litoral do Paraná. A Operação Terra Prometida foi deflagrada nesta terça dia 12, e até o fim da manhã três pessoas haviam sido presas.
Dois presos atuavam em um cartório de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. A terceira detida é uma contadora de Matinhos. De acordo com o delegado Fabio Machado, os três atuavam na fraude para esquentar documentos e enganar as vítimas. Dois casais apontados como os chefes pelas quadrilhas e o responsável por um cartório ainda estão foragidos.
As duas quadrilhas atuavam separadamente, mas agiam de maneira muito semelhante. Os golpistas utilizavam imobiliárias para oferecer terrenos que sequer estavam à venda ou ainda comercializavam o mesmo terreno diversas vezes. As vítimas eram coagidas a fazer uma escritura pública de compra e venda – sem a documentação correta – e pagavam pelo terreno.
O golpe só era descoberto quando as vítimas tentavam entrar no terreno ou quando tentavam registrar o imóvel. Por enquanto 18 vítimas foram identificadas – cinco de uma quadrilha e 13 de outra. Além disso, Machado afirma que muitas pessoas não procuraram a polícia por vergonha de terem sido enganadas.
“Acreditamos que esse número possa ser exorbitante, já que os fatos que nós averiguamos aconteceram a partir de 2014”, destacou o delegado. Em um dos casos, o prejuízo passou dos R$ 400 mil.
Alerta
O delegado orienta os compradores de imóveis a ficarem atentos com ofertas muito especiais. Além disso, é importante verificar a procedência de todos os documentos, além de contar com a orientação especializada de um advogado ou corretor de confiança.
“Desconfie sempre se o valor [do terreno ou imóvel] é fora do mercado. Não caia naquela de que o terreno é barato sendo vendido e é uma oportunidade única na sua vida, isso é de se desconfiar. O valor é alto que se emprega no imóvel, não existe almoço grátis”, destacou. (Com Polícia Civil)
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