Encontro internacional discute projeto para fortalecer vigilância em saúde na fronteira
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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), apresentou nesta quarta-feira (5), em Foz do Iguaçu, no Oeste, o projeto “Vigilância em Saúde na Fronteira Brasil-Paraguai”.
A apresentação aconteceu durante reunião internacional na Itaipu Binacional, e buscou o aperfeiçoamento e fortalecimento da relação entre os países e o planejamento de ações conjuntas para a vigilância em saúde.
Os objetivos principais são ações integradas, como o controle de doenças transmissíveis, implantação de sistemas e tecnologias de monitoramento binacional, integração de dados, capacitação conjunta de profissionais de saúde e a construção de modelo de cooperação internacional que possa servir para outras áreas de fronteiras.
De acordo com o diretor-geral da Sesa, César Neves, este projeto busca contribuir para a melhoria da saúde da população na região de fronteira entre os dois países. “A implementação desta proposta contribuirá para a promoção da segurança sanitária nacional, regional e global. O envolvimento de todos é essencial para essa ação”, disse.
Representantes dos governos do Paraná e Mato Grosso do Sul, do Paraguai, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), dos ministérios da Saúde brasileiro e paraguaio, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) participaram do evento.
A reunião contou também com o Grupo de Trabalho da Saúde da Itaipu Binacional, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e profissionais da saúde de ambos os países.
“Temos 12 municípios fronteiriços com o Paraguai, por isso temos de avançar e correr contra o tempo. As mudanças climáticas nos fazem despertar para este momento e é hora de avançarmos e estamos abertos para esta cooperação”, enfatizou Crhistianne Maymone, secretária adjunta da Secretaria de Estado da Saúde do Mato Grosso do Sul.
AÇÕES – Uma das ideias desta cooperação é a implantação de uma unidade de saúde do viajante na fronteira, desenvolver e implantar um sistema de monitoramento e alerta precoce binacional, monitorar produção de serviços, prontuários eletrônicos dos atendimentos de síndromes respiratórias, febris e doenças transmissíveis, além de ações outras também importantes para a vigilância epidemiológica.
Segundo a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, a região da fronteira precisa ser olhada de forma diferenciada, por meio de alinhamento de prioridades e iniciativas governamentais, definições de papéis e responsabilidades de cada parceiro. “A informação compartilhada pode contribuir com o mapa epidemiológico da saúde”, afirmou.
Por - AEN