Paraná

Curitiba sedia evento sobre monitoramento do mercado de drogas ilícitas no Brasil

Curitiba sedia evento sobre monitoramento do mercado de drogas ilícitas no Brasil

Cerca de 40 integrantes das polícias Militar e Civil participaram nesta quinta-feira (31) de um workshop sobre o projeto-piloto de Monitoramento do Mercado de Drogas Ilícitas no Brasil, na sede da Secretaria da Segurança Pública, em Curitiba.

Desenvolvido pelo Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o projeto propõe ações contra o sistema financeiro de organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e a promoção de políticas públicas para minimizar a oferta e a procura por drogas.

A proposta é que as polícias desenvolvam pesquisas e façam um mapeamento sobre as atividades do mercado de drogas a fim de acompanhar o comportamento das organizações criminosas nacionais e internacionais. E, em conjunto com outros setores públicos, promovam políticas públicas para reduzir a oferta de drogas e neutralizar o funcionamento desses grupos por meio de ações contra o sistema financeiro.

O projeto chegou aos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Pernambuco, onde há estudos em andamento para direcionar, no futuro, alocação de recursos de maneira mais efetiva para combater o tráfico de drogas.

O secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, disse que o Paraná já se dedica constantemente ao planejamento estratégico contra o crime organizado e, com esse projeto, várias ações poderão ser potencializadas. “Esse evento é muito importante e espero que, ao final dos trabalhos, possamos alinhar todos os esforços para criar uma política pública eficiente de combate ao comércio de drogas”, afirmou.

O CdE, criador do projeto, é resultado de uma parceria inovadora entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

COLÔMBIA – Integrantes da Polícia Nacional da Colômbia, que participam do UNODC, vieram ao evento com o objetivo de repassar experiências no combate ao narcotráfico com o Sistema Integrado de Monitoramento de Cultivos Ilícitos (SIMCI), projeto do UNODC no país. É uma metodologia de acompanhamento da produção e venda de drogas que ajudou as autoridades colombianas a combater o tráfico com mais eficiência.

O diretor-geral da Sesp, João Alfredo Zampieri, afirmou que a Secretaria está empenhada em fortalecer cada vez as instituições para que desenvolvam ações baseadas em planejamento e inteligência. “Com esse projeto vamos potencializar as ações para ter resultados ainda maiores do que temos tido até agora”, disse.

Na visão do coordenador da unidade do Estado de Direito do UNODC no Brasil, Nívio Nascimento, há muita informação estratégica disponível nos estados e o papel do CdE é ajudar na análise desses dados e promover a interação entre as instituições para que o combate ao narcotráfico seja mais eficiente. “Observamos que cada vez mais cresce a avaliação das operações e das atividades de repressão ao tráfico de drogas a partir do impacto financeiro das operações que a Segurança Pública tem feito”, afirmou.

O diretor de Inteligência da Polícia Militar, coronel Wagner Lúcio dos Santos, explicou que a PM tem reforçado o trabalho de inteligência em todo o Estado. “Hoje a Polícia Militar possui um sistema de inteligência com uma grande capilaridade. Nosso intuito é trabalhar em conjunto com outras forças de segurança e auxiliar nesse projeto contra o comércio de drogas, pois a maioria dos delitos gravosos ocorridos no Brasil são oriundos do tráfico, por isso temos que desenvolver políticas públicas voltadas a combater esse ilícito”, afirmou.

O delegado-adjunto da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Ricardo Teixeira Casanova, também falou sobre a disposição da unidade para fortalecer o projeto no Paraná. “Nossas ações contra o tráfico de drogas têm sido constantes e, com esse projeto, podemos ampliar ainda mais os trabalhos de repressão qualificada”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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