Copel avalia substituição de equipamentos em 200 escolas para economizar energia
Duzentas escolas públicas paranaenses selecionadas pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da Copel estão passando por um levantamento técnico em campo para a identificação dos equipamentos elétricos que poderão ser substituídos.
O trabalho inclui uma análise da estrutura dos telhados, com o objetivo de verificar a viabilidade de instalação de geração solar. Os dados coletados servem para a elaboração de projetos customizados, de modo a atender as necessidades de cada escola contemplada pelo programa.
O objetivo dos projetos do PEE é possibilitar às unidades a substituição de equipamentos a fim de tornar o consumo de energia elétrica mais eficiente e, consequentemente, econômico. Caso haja viabilidade, o projeto também prevê a instalação de painéis solares para que as escolas possam gerar energia para consumo próprio.
Segundo Rafael Radaskievicz, gerente do Departamento de Projetos Especiais da Copel, num primeiro momento o principal objetivo do programa de eficiência energética nas escolas é a redução do consumo de energia, mas os benefícios vão além.
“Ao substituir equipamentos antigos por outros mais eficientes, as escolas conseguem reduzir o seu custo de manutenção, otimizar recursos e redirecioná-los para investimentos em infraestrutura”, exemplifica. “Também podemos citar a melhoria no conforto e na qualidade do ensino propiciada, por exemplo, com uma iluminação mais adequada para aquele ambiente”.
Com investimento total estimado em mais de R$ 40 milhões, a chamada pública dedicada às escolas públicas paranaenses contemplou 100 instituições municipais e 100 estaduais. As visitas técnicas para a elaboração dos projetos começaram em novembro do ano passado e seguem até maio. A execução dos projetos elaborados é prevista para iniciar no último trimestre de 2025, com prosseguimento até 2027.
As melhorias vão beneficiar aproximadamente 77 mil estudantes, além de professores e funcionários. A seleção das instituições de ensino levou em consideração critérios como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas e a maior proporção de alunos em relação ao total da população do município. Escolas com maior consumo de energia também receberam pontuação maior, dentro dos critérios de classificação.
O Programa de Eficiência Energética da Copel é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
VISITAS TÉCNICAS – Em Santo Antônio do Paraíso, no Norte do Paraná, a Escola Municipal Professora Izabel Navarro Claro recebeu a visita da equipe técnica na última semana, para o diagnóstico das instalações e equipamentos.
A diretora da instituição, Regiane Fortunato Rosa, aponta um contexto ainda mais amplo para as ações em andamento, além da economia esperada na conta de luz. “O Programa de Eficiência Energética desempenha um papel crucial na transição para um futuro sustentável, além dos benefícios ambientais, da inovação e da sustentabilidade”, diz. A escola que ela dirige atende 180 estudantes.
Em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Estado, duas escolas foram contempladas no projeto e receberão a visita da equipe técnica dentro de duas semanas. Uma delas é a Escola Municipal Henrique Ghellere, que atende aproximadamente 400 alunos, em três turnos diários.
De acordo com a diretora Rosineide Alves, o projeto é de suma importância não só por proporcionar economia no consumo, mas, também, por despertar e reforçar nos estudantes a consciência de se investir em sustentabilidade. “Esse projeto vai agregar aos nossos alunos educação ambiental. Iremos trabalhar com eles a questão do consumo consciente”, afirma.
Outra instituição aprovada no município é a Escola Municipal Geraldo Caldani, frequentada por 170 alunos. Conforme a diretora Luciana Bassani, é grande a expectativa de melhorias, com a possibilidade de substituir equipamentos antigos.
“Esse programa é de grande importância para nossa escola e para nossa comunidade. Ele vem ao encontro das necessidades das famílias, trazendo conhecimentos e oportunidades para evoluir em relação ao uso consciente da energia”, afirma.
Por - AEN