Construção civil: informalidade cresce na região oeste
O mercado de trabalho no País perdeu no último ano: 738 mil vagas com carteira assinada.
O total de postos de trabalho formais no setor privado teve redução de 2,2 por cento segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, o Pnad, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,9%, com 615 mil empregados a mais. Aqui na região de Cascavel, apesar de alguns setores apresentarem números que preocupam, outros ramos como o do comércio parecem não sofrer tanto com o problema, pelo menos é o que afirma o vice presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Cascavel e Região, Osvaldecir Pizzapio.
Situação bem diferente da encontrada na área da construção, conforme explica o Roberto Leal Americano que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Cascavel e Região. Segundo ele a informalidade, o emprego sem carteira assinada é um a espécie de “câncer” a sociedade.
Conforme o Sintrivel, das obras visitadas em cidades vizinhas, mas principalmente aqui em Cascavel durante 2017 mais da metade dos trabalhadores encontrados não possuíam carteira de trabalho assinada pelos patrões, empresas, construtoras ou mesmo pessoas comuns no meio doméstico.
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O Sindicato dos Empregados dos Postos de Combustíveis e Lojas de Conveniência da região, o Antônio Vieira Martins, que representa quase cinco mil trabalhadores de 100 municípios do oeste e sudoeste, também acredita que não há tanta preocupação no setor, ou seja no ramo de combustíveis, mas ressalta a importância da fiscalização.
Além de ter que pagar multa estipulada por trabalhador sem carteira assinada, o empregador, nestes casos, durante uma contestação de uma ação trabalhista, por exemplo, mesmo que a empresa tente provar que não houve uma relação de trabalho, prevalece o princípio da preferência da realidade sobre a forma, ou seja testemunhas em muitos casos substituem documentos.
Além disso a empresa ou mesmo a pessoa física que não regularizar a situação de seus colaboradores, pode ter uma série de “dores de cabeça” na esfera trabalhista e mesmo depois,junto a órgãos públicos ou emissão de certificados e documentos. (Com CGN)