Paraná

Compagas testa solução sustentável para levar gás natural ao Interior do Paraná

Compagas testa solução sustentável para levar gás natural ao Interior do Paraná

A Compagas e a operadora logística NEOgás iniciam nesta semana um projeto-piloto para testar o uso de caminhões abastecidos com gás natural no transporte do gás natural comprimido (GNC) para atendimento ao consumidor final.

Com esse projeto, o Paraná se torna o primeiro estado no Sul do País a ter o ciclo de fornecimento de gás natural por via terrestre inteiramente formatado a partir da cadeia do gás.

“Com o projeto, vamos demonstrar uma solução mais sustentável e competitiva para interiorizar o abastecimento de gás natural no Paraná, que poderá ser toda realizada a partir da cadeia do gás natural”, diz o diretor técnico-comercial da Compagas, Rafael Longo. “Queremos também apresentar aos usuários, transportadoras e empresários do segmento de transportes pesados, a viabilidade do uso do gás como um combustível mais eficiente e mais sustentável que o diesel, podendo ser aplicado a cargas pesadas e para maiores deslocamentos”.

Neste piloto, que terá cerca de 30 dias de duração, o gás natural distribuído pela Compagas será comprimido pela NEOgás na estação de Ponta Grossa (Campos Gerais). Em seguida, será transportado diariamente por cerca de 130 km até o município de Arapoti, utilizando caminhão Scania movido a gás, para abastecer a indústria BO Paper, que utiliza o gás natural em uma série de aplicações na indústria papeleira.

A indústria recebe o GNC, que é o gás natural armazenado a alta pressão, que pode ser levado por transporte terrestre para indústrias e postos de abastecimento distantes da rede de distribuição. “Esta solução permite interiorizar o uso do gás natural, abastecendo cidades e regiões do Estado não atendidas pela rede de distribuição, como é o caso de Arapoti, beneficiando a economia local e levando o desenvolvimento”, afirma Longo.

INDICADORES DO PROJETO – A NEOgás, empresa parceira da Compagas e responsável pelo transporte de GNC para a BO Paper, terá como objetivo central medir o desempenho do caminhão no trajeto diário, avaliando indicadores como rendimento e potência do veículo, além das emissões de gases de efeito estufa. Ela roda cerca de 5 milhões de km por ano e seu consumo estimado é de cerca de 2,5 milhões de litros de diesel/ano.

“Entendemos que temos à frente um grande avanço para o transporte de cargas no país, e queremos comprovar que é possível aliar redução de emissões, descarbonização do ambiente e sustentabilidade com redução de custos”, diz o executivo da NEOgás, Ricardo Neumayer. “O uso do gás natural nos caminhões chega para dar mais economia e sustentabilidade ao transporte pesado”.

A meta da NEOgás é evoluir para uma utilização permanente do veículo a gás no percurso em teste e também em outras rotas pelo País. “Nós queremos não só transformar 100% da nossa frota de distribuição de GNC para gás natural, como também pretendemos fazer novos projetos NEOgás levando o gás para postos de combustíveis não conectados à rede de distribuição a fim de criar novos pontos de abastecimento pelo Brasil”, diz.

“Com o aumento do número de postos oferecendo gás natural aos caminhões, poderemos, num futuro próximo, fazer com que o Brasil ganhe capilaridade e cada vez mais empresas, transportadoras e caminhoneiros autônomos se interessem pelo uso de um combustível mais limpo e econômico”, completa.

SUSTENTABILIDADE NAS RODOVIAS – Rafael Longo explica que o gás natural é um combustível mais eficiente e menos poluente que o diesel e que essas características são fundamentais quando se fala em sustentabilidade nas operações. Em relação ao diesel, estima-se que o gás natural reduza a emissão de CO2 (dióxido de carbono) em 23%, e o biometano, que também pode ser utilizado como combustível para veículos pesados, pode alcançar uma redução próxima a 85%.

O abastecimento com esses combustíveis também contribui com a qualidade do ar. Quando comparado ao diesel, a redução de NOx (óxidos de nitrogênio) é de 90% e de material particulados chega a 85%. “Os efeitos do uso destes combustíveis mais limpos podem ser observados no curto prazo, com a colaboração para a redução de doenças cardiovasculares e para a perda da produtividade causada por esses poluentes, impactando positivamente a saúde pública e o meio ambiente”, destaca Longo.

Nesse sentido, para as empresas que possuem metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), substituir as frotas de caminhões movidos a diesel para veículos abastecidos com gás natural pode ser um grande aliado para cumprir com os planos de sustentabilidade traçados, indo ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e também com as metas definidas pelos países na última COP26.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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