Paraná

Com monitoramento frequente, Paraná melhora eficiência dos investimentos públicos

 Com monitoramento frequente, Paraná melhora eficiência dos investimentos públicos

O Paraná está se tornando modelo em gestão fiscal no Brasil, com Capag A do Tesouro Nacional, implementação de metodologias mais modernas de relacionamento com os contribuintes e um time de economistas que tem auxiliado a monitorar a execução orçamentária.

Esse último ponto está garantindo que os recursos públicos sejam aplicados de forma mais eficiente e equilibrada, revertendo um padrão histórico de concentração de despesas no fim do ano. A inovação da Secretaria da Fazenda tem impulsionado o impacto de investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e ciência e tecnologia.

A principal mudança está na liberação de recursos. Com base em estimativas mais realistas, o novo sistema prevê a distribuição das despesas ao longo do ano, permitindo que as secretarias executem seus projetos com mais planejamento e tranquilidade.

“Na prática, isso significa que projetos e políticas públicas podem ser executados com mais calma e planejamento, sem a corrida de fim de ano”, explica o diretor de Orçamento do Estado, Tadeu Cavalcante. “Um recurso para um laboratório de pesquisa ou para a compra de equipamentos hospitalares, quando liberado no tempo certo, tem um impacto muito maior para a população”.

A mudança já pode ser vista na área de ciência e tecnologia, que costumava registrar mais de 60% das despesas apenas em dezembro e foi descentralizada em 2025. Até agosto, já haviam sido empenhados R$ 213,7 milhões, o equivalente a 37,2% do orçamento projetado para o ano, mais que o dobro de 2024 (16,3%).

Na saúde, os avanços também são expressivos. Até agosto de 2025, o Estado empenhou R$ 4,87 bilhões, o que corresponde a 70,1% do orçamento projetado, contra 55,3% no mesmo período de 2023. A Educação, secretaria com maior orçamento do Paraná, alcançou R$ 5,27 bilhões em empenhos até agosto, chegando a 73,8% do orçamento. Em 2023 e 2024, esse percentual não passava de 60%.

"Com essas ferramentas, o Paraná consolida sua posição como referência nacional em gestão pública baseada em dados, assegurando mais planejamento, transparência e agilidade no uso dos recursos. Trabalhamos em conjunto com a Diretoria de Orçamento do Estado no desenvolvimento de várias plataformas de inteligência fiscal, cuja face mais visível são os BIs de gestão fiscal e de gestão orçamentária”, explica Eduardo Paim, assessor técnico de Economia da Secretaria da Fazenda.

Um dos reflexos desse trabalho também deve aparecer na Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026, que será apresentada nesta semana. A PLOA é uma peça fundamental no processo de elaboração e execução do orçamento público, estabelecendo as previsões de receitas e despesas do Estado para o ano seguinte, conforme as diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

 

 

Por - AEN

SICREDI 02