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Casos de tuberculose sobem no Paraná e acendem o alerta

Casos de tuberculose sobem no Paraná e acendem o alerta

A cada quatro horas, um novo caso de tuberculose é diagnosticado no Paraná. Segundo informações do Ministério da Saúde, enquanto o Brasil registrou queda de 0,63% no número de diagnósticos em 2018, no estado foi verificado crescimento de 10,9%, o que coloca o Paraná como uma das 12 unidades da federação que registraram alta da doença.

 

No ano passado, foram registrados um total de 2.248 novos casos de tuberculose no Paraná, o maior número de diagnósticos da doença desde 2013. Já em 2017, haviam sido registrados 2.027 ocorrências. Com o aumento de casos, a taxa de incidência por 100 mil habitantes subiu cerca de 10%, passando de 17,9 para 19,7.

 

Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que os números registrados no estado ainda são considerados aceitáveis. O estado, inclusive, pretende, até 2035, alcançar uma taxa de menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Para tanto, desde o ano passado, em todo o Brasil, começou a ser implementado o novo Sistema de Notificação de Tratamento da Infecção Latente.

 

“A tuberculose é um problema de saúde pública que só controlaremos com monitoramento e alinhamento de esforços”, afirmou recentemente o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, explicando que o novo sistema de abordagem tem dois focos: o primeiro, pessoas que tiveram contato com pacientes com tuberculose, que vivam com HIV, façam terapias imunossupressoras (tratamento de tumores e períodos de pré-transplante) e diabéticos; o segundo, identificar os casos sintomáticos respiratórios, ou seja, pessoas com tosse há mais de 3 semanas e que também devem ser encaminhadas para o teste.

 

De acordo com especialistas, 10% das pessoas infectadas vão desenvolver a forma ativa e contagiosa da doença em algum momento da vida. A transmissão ocorre de forma direta, ou seja, de um doente ao outro, principalmente pela via respiratória, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir. A estimativa é que, em um ano, um indivíduo infectado pode contaminar, em média, de 10 a 15 pessoas. Essas bactérias podem se depositar em roupas, lençóis, copos e outros objetos.

 

Doença está se tornando cada vez mais resistente, diz médico

 

De acordo com o médico Aier Adriano Costa, do aplicativo Docway, os casos de tuberculose resistente (quando a doença não responde aos principais medicamentos) são cada vez mais comuns. Assim, segundo, ele, a chave para o controle do problema é a rápida detecção, que pode ser feita por meio da tradicional baciloscopia, um meio rápido de triagem que pode auxiliar na detecção precoce do bacilo, ou via Biologia Molecular com o avançado “Mycobacterium Tuberculosis (MTB) detecção por PCR”.

 

Ele ainda destaca que o principal sintoma da doença é a tosse. “É recomendado que as pessoas que estejam com tosse há três semanas ou mais procurem um médico para que o caso possa ser investigado e a suspeita da doença afastada. Em casos positivos, a doença pode ser tratada corretamente”, diz o especialista. Existem ainda outros sintomas que podem aparecer além da tosse, como a febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.

 

Mortes


A tuberculose é transmitida pelo ar, no espirro ou tosse. E pode matar, principalmente por conta de sua elevada capacidade de infectar os pulmões, além de outras partes do corpo humano (como os ossos e o sistema nervoso). O tratamento contra a tuberculose começa após confirmação bacteriológica, tem duração de 6 meses e a medicação está disponível no SUS. Nos últimos cinco anos com dados disponíveis (2013-2017), inclusive, foram registradas 22.711 mortes em decorrência da doença em todo o Brasil, das quais 636 ocorreram no Paraná. No último ano (2017), entretanto, houve redução de 13,19% no número de mortes no Paraná, que passaram de 144 para 125. Já no Brasil, o número de óbitos nesse mesmo período subiu 1,14%, passando de 4.483 para 4.534. Dados referentes a 2018, contudo, só deverão ser divulgados em 2020. (Com Bem Paraná)

 

 

 

 

 

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