Caso Tatiane Spitzner: Juíza nega recursos sobre júri popular e manda para TJ-PR decidir
A juíza Paola Gonçalves Mancini de Lima, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, na região central do Paraná, negou nesta quarta-feira (17) recursos da acusação e defesa sobre o júri popular de Luiz Felipe Manvailer, acusado de matar a advogada Tatiane Spitzner, em 22 de julho de 2018.
No mesmo despacho, a juíza encaminhou os recursos da defesa para que o réu não seja julgado pelo Tribunal do Júri e do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra a absolvição do crime de cárcere privado para que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) analise e decida.
Em 17 de maio, a Justiça determinou que o réu vá a júri popular por homicídio qualificado (motivo fútil, asfixia e meio cruel, dificultar defesa da vítima e feminicídio) e fraude processual. Na mesma decisão, Manvailer foi absolvido do crime de cárcere privado. Ele está preso desde o dia da morte.
Os promotores entendem que há provas de que o marido também cometeu o crime de cárcere privado, principalmente por causa das imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava. Os vídeos mostram Manvailer agredindo a vítima.
Para a juíza, as imagens mostram que "não houve intenção de cerceamento da liberdade de locomoção de Tatiane, [...] mas sim intenção de reter a vítima por pouco tempo e contra sua vontade para que subisse ao apartamento".
A defesa do réu sustenta que também não houve o crime de fraude processual, mas a juíza afirmou que ele aparece em gravações buscando corpo na calçada e levando para o apartamento e que, minutos depois, ele estava com roupas trocadas e limpando vestígios de sangue. (Com G1)