Autoridades pedem para que Beto Richa e operador financeiro voltem para a cadeia
No que depender do Ministério Público Federal (MPF) e da Procuradoria-geral da República (PGR), os dias de liberdade do ex-governador Beto Richa (PSDB) e do empresário Theodócio Atherino, apontado como operador financeiro do tucano, estão contados.
É que o MPF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STF) da decisão que concedeu liberdade ao ex-governador, solto na última sexta-feira (1ºde fevereiro), enquanto a procuradora-geral da República Raquel Dodge também quer o empresário, que deixou a prisão em 16 de janeiro, volte para a cadeia.
No caso de Beto Richa, solto por decisão do presidente do STJ, ministro João Otávio Noronha, o MPF pede para que o ministro relator do caso ou a Sexta Turma do STJ reavaliem o habeas corpus concedido. Richa foi preso em 25 de janeiro pela 58ª fase da Operação Lava Jato, numa investigação que apura crimes na concessão de rodovias no Paraná.
Hindemburgo Chateaubriand Filho, subprocurador-geral da República, alega que o habeas corpus do ex-governador deveria ter ido analisado antes pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, uma instância inferior ao STJ. Além disso, ele também destaca que há provas de que uma pessoa ligada a Richa teria agido para coagir e influenciar uma testemunha em agosto de 2018.
Já no caso de Atherino, alvo da 53ª fase da Lava Jato e acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva numa ação penal que tramita na Justiça Federal, Dodge pediu para que o STF reconsidere a decisão de soltura do empresário, alegando que o habeas corpus já havia sido negado pelo STJ e que, por isso, não deveria ter sido examinado pelo Supremo. Ademais, a procura também destaca que, em liberdade, Atherino pode continuar a cometer crimes.
O pedido da procuradora deve ser examinado pelo ministro do STF Luiz Fux. Quem concedeu o HC a Atherino, contudo, foi o presidente do STF, o ministro Dias Toffoli. (Com Bem Paraná)
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