Athlético Paranaense é bicampeão da Sulamericana
Nikão fez um golaço de voleio ainda no primeiro tempo e garantiu a segunda conquista da Sul-Americana da sua história\
Foi longe. Foi cerca de 1500 km distante da Arena da Baixada, mas o Athletico provou seu espírito copeiro e, na tarde deste sábado, dia 20, no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, venceu o Bragantino por 1×0 e garantiu o bicampeonato da Copa Sul-Americana. A conquista veio carimbada com um golaço de Nikão, que vive seus últimos momentos com a camisa rubro-negra. De quebra, o time athleticano garantiu a conquista da vaga para a Libertadores da América do ano que vem.
O jogo
Mesmo com a presença maior do torcedor rubro-negro, foi o Bragantino que iniciou melhor a partida. Aos 3 minutos, Artur pegou o rebote após o escanteio, mas chutou por cima. A equipe paulista, com mais posse de bola e marcando o Furacão sob pressão, era melhor em campo e sufocava o Athletico no seu campo.
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O time do técnico Alberto Valentim conseguiu equilibrar a partida somente depois dos 15 minutos. A primeira chance veio somente aos 17 minutos, mas o chute de Terans saiu fraco. Na melhor oportunidade do massa bruta, dois minutos depois, Cuello quase marcou gol olímpico. No rebote, o meia argentino arriscou da entrada da área e quase acertou o ângulo de Santos.
O Athletico demorou para se soltar, mas passou a jogar mais no campo ofensivo a partir da metade da etapa inicial. Aos 22, Terans arriscou de fora e Cleiton defendeu. O primeiro gol, então, demorou para sair. E veio em grande estilo. Nos seus últimos atos com a camisa do Furacão, Nikão, depois do chute de Terans e do rebote de Cleiton, emendou um belo voleio e fez a festa do torcedor rubro-negro em Montevidéu.
O gol do camisa 11 rubro-negro deu a tranqüilidade necessária para o Athletico dominar as ações do jogo. Apesar de ter sentido o gol sofrido, o Bragantino ainda assustou o Athletico na reta final do primeiro tempo. Aos 39, Helinho cruzou e Ytalo cabeceou no meio do gol. Na sequência, foi a vez de Helinho arriscar de fora e o goleiro Santos garantiu a vitória no primeiro tempo.
Apesar da vantagem, o Athletico voltou ofensivo do intervalo e quase ampliou. Aos 5 minutos, depois do cruzamento da direita, Terans ajeitou e Léo Cittadini quase ampliou. Foi, a rigor, a melhor chance do Furacão nos 45 minutos finais da decisão. O time rubro-negro, com a vantagem, se retraiu na defesa e chamou o Bragantino para seu campo.
Assim, o massa bruta até teve mais posse de bola, mas sem a capacidade necessária para furar a defesa do Athletico. O time paulista conseguiu assustar somente aos 20 minutos. Artur recebeu na entrada da área, bateu colocado e a bola passou perto da meta do goleiro Santos.
Depois das entradas de Zé Ivaldo e Christian nas vagas de Nico Hernández e David Terans, o Athletico reforçou seu sistema defensivo. O Bragantino não conseguia ter a criatividade necessária para passar pela defesa do Furacão, nem mesmo com as entradas de Luan Cândido e Alerrandro. Aos 48 minutos, depois do escanteio, Leandrinho cabeceou com perigo e jogou fora a última chance de empate do massa bruta. Melhor para o Rubro-Negro, que garantiu, em solo uruguaio, o bicampeonato da Copa Sul-Americana.
Por Luiz Ferraz (Banda B)