Acidente com ônibus na BR-376 em Guaratuba: 'Perícia vai definir se houve falha mecânica ou humana', diz delegado
O delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba, Edgar Santana, disse, nesta terça dia (26), que uma perícia vai definir se houve falha mecânica ou humana no acidente na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná. 19 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas após o ônibus sair da pista.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus, que saiu do Pará em direção a Santa Catarina, bateu na mureta de contenção da rodovia, saiu da pista e tombou às margens da estrada.
O motorista, de 67 anos, não se feriu no acidente. Ele prestou depoimento à polícia na segunda-feira (25) e alegou que o ônibus ficou sem freios antes de capotar.
"Os trabalhos no local do acidente já começaram a ser feitos e o balão de ar do veículo também será examinado. Esta perícia vai definir se houve falha mecânica ou humana", afirmou Santana.
Se houve falha mecânica, os responsáveis pela viagem e pelo ônibus podem ser responsabilizados.
No caso de falha humana, a conduta do motorista será investigada, segundo o delegado.
"Precisamos verificar se houve alguma imprudência, negligência ou imperícia, e caso tenha ocorrido, o fato pode se encaixar como homicídio culposo", disse Edgar Santana.
De acordo com o delegado, a polícia ainda vai ouvir passageiros, testemunhas e responsáveis pelo ônibus.
Depoimento do motorista:
O motorista afirmou à polícia que saiu de Ananindeua (PA), na noite de sexta-feira (22), e tinha como destino final São José (SC). A previsão era de chegar ao litoral catarinense na terça-feira (26).
Ele disse que foi contratado como terceirizado para dirigir o ônibus. O motorista foi funcionário da TC Turismo até 2014, depois, começou a fazer viagens esporádicas como autônomo. Esta era a terceira vez que ele fazia a mesma rota.
O motorista disse que a manutenção do veículo foi feita antes de sair de Belém, no Pará, e que o ônibus não havia apresentado nenhum problema durante o trajeto. Porém, antes da serra, percebeu que a bomba de ar do freio estava esvaziando muito rápido.
Ele contou que havia assumido a direção pouco antes do acidente. Antes disso, ele estava descansando, e outro motorista fazia a condução.
À polícia, ele disse que retornou ao volante cerca de meia hora antes do acidente. (Com G1 PR).