Paraná

A cada 24 minutos, Paraná registra um caso de violência contra a mulher

A cada 24 minutos, Paraná registra um caso de violência contra a mulher

Os casos de violência contra a mulher registraram, no Paraná, crescimento significativo no ano passado. Segundo dados do 13° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o crescimento verificado em 2018, na comparação com 2017, foi de 14,1%. O estado registra, em média, um caso de violência contra a mulher a cada 24 minutos.

 

O cálculo inclui os casos de homicídios (dentro dos quais estão inclusos os feminicídios), de violência doméstica (lesão corporal dolosa), estupro e tentativa de estupro.

 

Dentre todas essas categorias, a única que registrou queda foi a de homicídios, que passaram de 184 para 146 (redução de 20,7%). Mas nem há muito motivo para se comemorar, uma vez que os casos de feminicídio (o assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero) teve expressivo aumento de 48,8%, passando de 41 para 61 casos.

 

O segundo tipo penal com maior crescimento foram os casos de estupro, com avanço de 19,7%. No ano passado foram registrados no Paraná 5.380 crimes sexuais, ante 4.495 do ano anterior. Já os registros de tentativa de estupro aumentaram 1%, passando de 492 para 497 casos.

 

Por fim, temos os casos de violência doméstica/lesão corporal dolosa, que avançaram 13,2%. Esse é o tipo de violência contra a mulher mais registrado: foram 16.021 casos em 2018 e outros 14.149 em 2017.

 

Comparativamente, o crescimento no Paraná foi ainda mais expressivo do que o verificado em nível nacional. No país, os casos de violência contra a mulher tiveram aumento de 3,9%, passando de 328.150 casos para 315.699. Os números, porém, ainda são assustadores: no Brasil, uma mulher é agredida/violentada a cada 1 minuto e meio, em média.

 

Segundo a análise de especialistas, o aumento nos registros pode ter uma face positiva: diante dos avanços registrados nos últimos anos e décadas, com a promulgação da Lei Maria da Penha, por exemplo, muitas mulheres estão adquirindo a coragem necessária para denunciar seus agressores, que não raro são também seus parceiros. Por outro lado, há de se destacar que, reconhecido o fenômeno da subnotificação, o problema real, concreto, pode (e deve) ser muito maior e mais grave do que a realidade apresentada pelas estatísticas. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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