Paraná

171 pessoas morreram em confrontos com a Polícia Militar no Paraná em seis meses, diz Gaeco

171 pessoas morreram em confrontos com a Polícia Militar no Paraná em seis meses, diz Gaeco

Cento e setenta e uma pessoas morreram em confronto com a Polícia Militar (PM), no Paraná, no primeiro semestre de 2018.

 

O número foi divulgado pelo Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), nesta quinta dia 16.

 

De acordo com o Gaeco, houve também cinco mortes causadas por policiais civis.

 

Há ainda dados envolvendo guardas municipais – são três casos: um em Piraquara e um em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, e outro em Londrina, no norte do estado.

 

Ou seja, ao todo, foram 179 mortes em confrontos.

 

O G1 tenta contato com a PM e das Guardas Municipais para comentar o assunto. A Polícia Civil informou que não vai se manifestar.

 

O comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar em Londrina, Major Nelson Villa, disse à RPC que o que determina a utilização de arma de fogo em um ação policial é a reação das pessoas abordadas.

 

"A reação agressiva perpetrada por aquele que é abordado e está em flagrante delito determina a utilização de arma de fogo. Por isso, generalizações nesse caso de mortes em confronto são muito difícieis de serem feitas. O correto é que cada caso seja analisado profundamente", pontua o major.

 

Nº aumentou


As mortes em confrontos com a PM aconteceram, segundo o Gaeco, em 132 situações.

 

A maioria delas, que tolizaram 156, foram durante o trabalho. As outras 15 ocorreram com policiais militares durante o período de folga.

 

Conforme o Gaeco, o número representa um aumento de 24,3% em comparação ao primeiro semestre do ano anterior e de 36,6% em relação ao segundo semestre de 2017.

 

Quem são as vítimas


Noventa e seis vítimas (56,1% do total) eram negras e pardas, enquanto as vítimas brancas somara, 43,9% (75 pessoas).


Os dados do Gaeco também mostraram que a maioria dos mortos tinha entre 26 e 35 anos: 47,4% (81 vítimas).

 

Na segunda posição, com 28,6% (49 pessoas) do total, apareceram vítimas com mais de 35 anos. Jovens até 18 anos representam 10,5% do total (18 vítimas).

 

O Gaeco informou que não foi apurada a idade de 23 pessoas (13,5%).

 

Onde foram as mortes


Curitiba concentrou o maior númenro de mortes: 43, o que equivale a 25,1% dos casos.

 

Curitiba: 43 mortes (25,1%)
São José dos Pinhais: 12 mortes (7%)
Londrina: 11 mortes (6,4%)


Noventa e cinco mortes (55,5% do total) foram registradas na Região Metropolitana de Curitiba. Veja:

Curitiba: 43
São José dos Pinhais: 12
Araucária: 6
Colombo: 6
Almirante Tamandaré: 5
Campo Largo: 5
Quatro Barras: 5
Piraquara: 4
Campo Magro: 3
Fazenda Rio Grande: 3
Pinhais: 2
Balsa Nova: 1
Quando as mortes aconteceram
Janeiro: 26 mortes (15,2%)
Fevereiro: 32 (18,7%)
Março: 37 (21,6%)
Abril: 27 (15,8%)
Maio: 21 (12,3%)
Junho: 28 (16,4%) (Com G1)

 

 

 

 

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