Guaraniaçu

Guaraniaçu - Oficina de Literatura Comparada da Assistência Social segue a todo vapor

Guaraniaçu - Oficina de Literatura Comparada da Assistência Social segue a todo vapor

Além de atender as crianças do Espaço Legal e os idosos do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos do CRAS, ela também atende os menores que têm medidas sócio-educativas para cumprir pelo CREAS.

 

Na última semana, com a orientação dos professores Ilza Ribeiro Gonçalves e Rodrigo Raul da Silva, os adolescentes produziram uma releitura do poema "O Bicho" de Manuel Bandeira, retratando a realidade observada por eles em algumas ruas periféricas de nossa cidade e criatividade não faltou.

 

Conheça o poema original e na seqüência a releitura

 

O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem

 

O LIXO
Vi hoje na rua
Onde deveria ter capricho
Entre os canos de abastecimento e esgoto
Um punhado de lixo

Naquele lugar se achava
Sacola plástica, vidros, cartelas de remédio e papel
Sem contar os entulhos
Grama cortada e galhos de canela

O lixo não estava no lixão
Não estava no aterro
Não estava na reciclagem
O lixo, meu Deus, estava na rua

 

 

 

 

SICREDI 02
ULIFARMA