Sete conselhos para ser um melhor pai e uma melhor mãe
Educar uma criança não é uma tarefa fácil. Por mais que sejam os livros teóricos sobre o tema e sobre o comportamento dos mais novos, a prática fica quase sempre aquém do que vem escrito em obras.
Apesar da bibliografia ser sempre uma ajuda bastante prática – mais não seja para detectar erros -, a verdade é que a boa educação de uma criança depende, claro, da criança em si, mas também dos seus progenitores e da forma como se veem.
Ser um bom pai ou uma boa mãe é algo difícil de definir, mas a base é uma certeza. Pelo menos para a ciência.
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Baseando-se nos pioneiros da educação infantil na Espanha, os cientistas Elisabeth Fodor e Montserrat Morán – que tanto defendem a importância dos progenitores trabalharem na própria atitude -, a influenciadora espanhola Pilar Jericó assina um artigo no "El País" em que lista aqueles que são os melhores conselhos para os pais terem em conta.
E tudo começa com o auto-conhecimento. Diz Jericó que os pais devem conhecer-se a si mesmos, refletir sobre os seus atos e sobre os próprios pensamentos, pois só assim é possível decifrar alguns comportamentos padrão das crianças, encontrando a melhor forma de os solucionar.
Dar prioridade à ternura – seja consigo mesmo ou com a criança – é o segundo conselho com base científica que a também empresária dá, explicando ainda a importância de deixar todo e quaisquer julgamento de lado. Aqui, Jericó refere-se à necessidade dos pais pararem de comparar os seus filhos com outras crianças ou com as crianças que foram, mas não só: devem também travar as altas expectativas.
Ser um bom pai e uma boa mãe requer ainda dar tempo ao tempo e, em particular, dar tempo à criança, priorizando os momentos em conjunto e em família, em prol de qualquer situação de isolamento na carona de um dispositivo móvel. Mas se importa passar mais tempo em família, importa também dar mais atenção à mesma, incluindo-se aqui às confusas e constantes conversas que as crianças têm. Na prática, diz o "El País", os pais devem mostrar interesse no que as crianças dizem, estimulando-lhes a conversa.
O positivismo deve ser sempre a palavra de ordem dentro e fora de casa, cabendo aos pais estimular o lado mais otimista das crianças, não rejeitando – nem desvalorizando – a tristeza e a irritação que elas possam sentir. O ideal é fazer do otimismo o ponto de atuação e dar a devida importância ao pessimismo e à tristeza, mostrando à criança que são sentimentos necessários para o seu desenvolvimento pessoal e social.
Por fim, mas não menos importante, Jericó escreve no "El País", no seu suplemento ‘Laboratório de Felicidade’, que os pais devem ensinar as crianças a serem resilientes, isto é, a valorizarem as adversidades e a procurarem a melhor forma de as ultrapassar. A aprendizagem é fundamental e depende, muitas vezes, dos exemplos dados pelos pais no dia a dia.