Quando acaba o verão e começa o outono em 2025?
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Para quem não gosta das altas temperaturas do verão, a contagem regressiva para o outono já começou. Em 2025, a estação que representa a transição do calor e da umidade para o frio e o tempo seco do inverno inicia às 6h02 (de Brasília) do dia 20 de março e permanece em ação até 20 de junho, às 23h42 (de Brasília).
Uma das curiosidades do período é o equinócio, fenômeno que marca a chegada do outono e ocorre quando os raios solares incidem diretamente na Linha do Equador.
Neste caso, os dois hemisférios, tanto o Norte como o Sul, recebem a mesma quantidade de luz, fazendo que o dia e a noite tenham igual duração.
Duração das estações
Verão: 21/12/2024 até 20/3/2025
Outono: 20/3/2025 até 20/6/2025
Como é o outono no Brasil?
Diferente do verão e do inverno, estações com os aspectos bem definidos em relação ao clima, como o calor e o frio, respectivamente, o outono é conhecido pela diminuição gradativa das temperaturas e da umidade do ar e o aumento da incidência de ventos.
“Podemos afirmar que, por ser uma estação de transição entre o período quente e o período frio, não tem características muito bem determinadas, pois é realmente uma transição. E nesse período temos o clima se adaptando e mudando também”, explica o meteorologista Willians Bini.
O especialista destaca que o mesmo acontece na primavera, estação marcada pela passagem do frio do inverno para o calor do verão.
O outono nas cinco regiões
Sul
Assim como acontece no verão, as chuvas seguem regulares no Rio Grande do Sul durante o outono, mas começam a reduzir em Santa Catarina e também no Paraná. Outro detalhe é a chegada de massas de ar intensas e a possibilidade de geada nos três Estados. “Assumindo que estamos em um ano de La Niña, onde a atmosfera passa a não ser tão quente, a entrada de sistemas continentais é frequente”, diz Bini.
Sudeste
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo apresentam redução da precipitação a partir do mês de abril e também das temperaturas. E, da mesma forma que o Sul pode ser atingido por massas de ar frio, o Sudeste vira alvo, principalmente, depois da segunda metade do outono.
Centro-Oeste
Na principal região produtora do país, a característica marcante é a redução das chuvas, o que impacta na segunda safra e nas culturas de inverno. O Mato Grosso do Sul, pela proximidade com o Sul e o Sudeste, pode ser atingido pelo frio extremo durante a estação, o que dificilmente ocorre no Mato Grosso e em Goiás. “Eventualmente, uma condição de friagem pode pegar o Centro-Oeste, mas a ponto de trazer prejuízo na agricultura é mais difícil”.
Norte
O afastamento da Zona de Convergência Intertropical contribui para a redução das chuvas durante o outono, enquanto as temperaturas não variam muito em razão da presença da região Norte em uma área equatorial do Continente Americano.
Nordeste
Sem a Zona de Convergência Intertropical, a região, em geral, também terá redução das chuvas, mas como o Nordeste é extenso, com mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, a área litorânea deve registrar mais episódios de precipitação por causa da umidade do Oceano Atlântico, diferente do sertão e do agreste, localizados no interior. A temperatura não sofre muito impacto, com exceção do centro-sul da Bahia, que pode ser atingida pelo frio que avança do Sul em direção ao Sudeste e parte do Centro-Oeste.
A influência do La Niña no outono
Com o fim do El Niño em junho de 2024, a expectativa dos meteorologistas era pelo retorno do La Niña ainda durante o inverno, o que não aconteceu. O mesmo se repetiu na primavera, mas o fenômeno foi confirmado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla inglês) apenas em 9 de janeiro de 2025.
O atraso deve interferir no tempo de duração e também na intensidade do La Niña sobre o clima do mundo. De acordo com o órgão americano, as chances de ele permanecer entre fevereiro e abril são de 59% e sobem para 60% no período de março até maio.
“Sabemos que será curto e fraco, mas, mesmo assim, ainda pode trazer algum impacto no outono. O que seria isso? Uma condição de menos chuva no Sul e, por outro lado, mais favorável no Norte do Brasil e em parte do Nordeste”, finaliza Willians Bini.
No Sudeste e no Centro-Oeste não são esperadas grandes alterações pela presença do fenômeno conhecido pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial. A exceção é a chegada de massas de ar frio antes do esperado.
Por Globo Rural