Em ano eleitoral, ‘fake news’ reinam; saiba como identificar
O ano de 2018 será marcado pelas notícias falsas que já estão circulando pela internet.
São pesquisas, falas editadas, dados plantados, tudo falso que acabam confundido a cabeça dos eleitores brasileiros.
Pensando nesta “onda das ‘fake news’”, a Assespro, Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, faz alguns alertas de como é possível identificar essas notícias.
“As ‘fake news’ são, literalmente, notícias fajutas. São notícias falsas, divulgadas como se fossem verdadeiras, usadas para denegrir a imagem de adversários, por exemplo. Graças a velocidade e quantidade de mecanismos de comunicação disponíveis no mundo moderno, elas obtém circulação suficiente para que pareçam verdadeiras para olhos menos treinados no assunto de que tratam, ganhando assim ainda mais circulação e ‘reputação’”, explica Roberto Mayer diretor-adjunto de comunicação da Assespro Nacional e Vice-Presidente da ALETI (Federação Ibero-Americana das Entidades de Tecnologia da Informação).
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E, por fim, o executivo alerta que muita dessas notícias são plantadas e reproduzidas pelos próprios pré-candidatos. “A disputa eleitoral de 2018 já está sendo alvo sistematicamente da publicação de fake news, algumas inclusive reproduzidas pelos próprios pré-candidatos. Cabe a cada cidadão se educar para ser capaz de fazer uma análise que lhe permita distinguir as notícias falsas das verdadeiras, de forma a votar conscientemente”, finaliza Mayer.
Dicas contra ‘fake news’
1. Verifique a informação antes de compartilhar buscando em sites que têm credibilidade e que fazem a apuração necessária.
2. Desconfie de múltiplas postagens, centenas delas e sempre sob o mesmo tema, pode ser um robô. Normalmente esses posts não têm muita consistência e nenhuma fonte.
3. Esses programas interagem pouco com os usuários, justamente por ser um robô. Ou seja, não é possível trocar informações com esses compartilhamentos e retweets.
4. Cheque a data da notícia. Algumas vezes as notícias não são falsas, mas são antigas e reproduzidas sob outro contexto, o que acaba tornando a matéria tendenciosa e levando a suposições falsas.
5. Não acredite em tudo que chega até você, seja por meio de parentes, amigos, chefes, grupos, etc. Muitas dessas notícias vão de encontro com seu pensamento e emocionalmente você se envolve com aquilo, justamente por ter sido transmitido por alguém de muita confiança sua, e acaba acreditando em algo que não é verdade.
De olho
TSE publica regras que apertam o cerco
O combate às chamadas ‘fake news’ (notícias falsas, em inglês) terá um novo capítulo nesta eleição: o usuário de redes sociais que publicar ou compartilhar notícias falsas poderá ter o conteúdo retirado do ar. A previsão consta das resoluções publicadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a campanha deste ano e é mais uma ação da Justiça Eleitoral no cerco às notícias falsas. Quem publicar também poderá ser processado.
Ao tratar da campanha na internet, a resolução do TSE afirma que a “divulgação de fatos sabidamente inverídicos” poderá ser punida com a retirada do conteúdo do ar. “A livre manifestação do pensamento do eleitor identificado ou identificável na internet somente é passível de limitação quando ocorrer ofensa à honra de terceiros ou divulgação de fatos sabidamente inverídicos”, diz dispositivo da resolução. Especialistas em direito eleitoral afirmam que, com isso, o TSE visa coibir a disseminação de notícias falsas, embora ainda não esteja certo se a Justiça Eleitoral terá fôlego para fazer frente à prática que costuma se intensificar no período eleitoral. (Com Bem Paraná)