A vida e a obra de Luís Fernando Veríssimo
Quem estuda no melhor cursinho de medicina sabe da importância de entender os diferentes gêneros textuais para se sair bem nas provas, não é verdade? Um dos gêneros que mais aparecem nos vestibulares é a crônica.
Esse tipo de texto é muito comum nos jornais. Trata-se de um texto leve, normalmente falando sobre algo cotidiano, de modo que o leitor se identifique rapidamente.
É importante que o estudante entenda que um cronista pode enriquecer o seu texto com detalhes sobre o ambiente e os personagens, de modo que a crônica se pareça com um texto ficcional – ainda que trate de fatos reais.
É importante que o vestibulando se atenha aos detalhes da crônica, para evitar confundi-la com outros gêneros textuais, como um artigo de opinião, por exemplo.
A crônica não tem como finalidade convencer o leitor com argumentos, mas dar a ele a chance de saber de algo que o cronista vivenciou e que acredita merecer ser relatado.
Um dos cronistas mais importantes da literatura brasileira é o Luís Fernando Veríssimo. Suas obras são constantemente cobradas nos principais vestibulares. Então, pegue papel e caneta para anotar alguns pontos importantes sobre a história desse autor.
Quem é Luís Fernando Veríssimo?
Luís Fernando Veríssimo é filho do também escritor Érico Veríssimo – autor de obras famosas, como O Tempo e O Vento. Gaúcho de Porto Alegre, Veríssimo nasceu no ano de 1936.
Passou parte da vida nos EUA, pois seu pai era professor na Universidade de Berkeley. Aos 30 anos, Luís Veríssimo passa a trabalhar como redator publicitário e tradutor.
Em 1956 passa a escrever para o jornal gaúcho Zero Hora. Veríssimo também foi colaborador de outros veículos, como a Folha da Manhã, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e revista Veja. Em 1971, cria o semanário “O Pato Macho”.
Luís Fernando Veríssimo se destacou como humorista, roteirista, cartunista e cronista. Atuou em programas de tevê icônicos, como o “Planeta dos Homens”, exibido pela Rede Globo.
Qual é o seu estilo e escola literária?
Esse autor faz parte da chamada Literatura Contemporânea Brasileira. Esse movimento surge na década de 1950, em um momento em que o Brasil se modernizava durante o Governo JK.
Essas décadas foram muito tumultuadas para o Brasil, pois Juscelino não conseguiu eleger o seu sucessor, de modo que o país foi governado pelo excêntrico Jânio Quadros que renunciou ao mandato, abrindo brecha para o Golpe de 1964.
Contudo, em 1970, o Brasil vive um momento de euforia causado pela conquista de sua terceira Copa do Mundo. Trata-se de um momento de grande nacionalismo.
Em 1979, o presidente militar Figueiredo concede anistia aos exilados. Na década de 1980, surgem os movimentos pelo voto direto, seguidos pelo governo Sarney e eleição de Collor em 1989 – primeiro presidente eleito após a Ditadura.
Como vimos, o Brasil passou por momentos complexos. Essa complexidade, relacionada às repressões políticas e problemas econômicos, aparece nos textos da Literatura Contemporânea Brasileira.
Existe nos autores contemporâneos uma variedade de temas abordados. No caso das obras de Luís Fernando Veríssimo, destaca-se a crítica bem-humorada aos problemas e situações observadas.
As crônicas de Veríssimo
Como já vimos, a crônica jornalística é um texto menos formal coloquial que dá ao leitor a sensação de identificação, algo que pode ser intensificado quando ele se reconhece na situação descrita pelo jornalista. Assuntos relacionadas aos problemas cotidianos são um exemplo dessas questões.
Uma das obras de Veríssimo que mais aparece nas provas é Comédias Para se Ler na Escola. Trata-se de um livro que reúne várias crônicas do autor, organizadas em seis partes.
Por serem narrativas curtas, o estudante não terá dificuldades em acompanhar os textos. É importante que ele fique atento às informações dadas pelo autor, pois existe, em cada texto, uma crítica a algo que Veríssimo acreditava ser um traço relevante sobre aquela época.
Como vimos, a obra de Luís Fernando Veríssimo fala do Brasil contemporâneo, por isso, é provável que o estudante se reconheça nela. Ademais, falamos de um gênero textual muito usado no jornalismo, a crônica.
Sendo assim, fique atento a esses detalhes para conseguir interpretar corretamente as questões e, claro, não se esqueça de ler alguns textos desse autor, contextualizando a leitura com o período de publicação e, se possível, traçando um paralelo com o Brasil de hoje.
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