Na madrugada desta quarta dia 23, uma motocicleta foi furtada durante a madrugada na Rua 2, no bairro Jardim Catanduvas.
Após o furto, o ladrão abandonou a motocicleta na saída para a Linha Passo Liso.
A motocicleta foi recolhida e está novamente em posse do verdadeiro proprietário. (Com Catanduvas em Foco).
O primeiro esquema de corrupção comprovado por operação policial realizada na última semana envolvendo um servidor de presídio de segurança máxima teve Catanduvas como protagonista.
O primeiro presídio federal de segurança máxima instalado no Brasil, no ano de 2006, está no oeste do Paraná e abriga alguns dos principais criminosos de todo o País, como líderes de facções, megatraficantes de drogas e armas.
Em um documento de 603 páginas está detalhado um ano de trabalho, de investigação e de monitoramento da Polícia Federal contra um agente, policial penal, bem como um grupo de envolvidos. A operação da última semana deflagrada pela Delegacia da Polícia Federal de Cascavel cumpriu 26 mandados, dentre eles a prisão de uma advogada suspeita de compor o esquema e do policial penal.
E como tudo acontecia?
Segundo as investigações, a missão do policial penal não era única e exclusiva de cumprir com a Lei de Execução Penal, mas de levar para dentro do presídio bilhetes com importantes informações sobre ações criminosas para custodiados da linha de frente do Comando Vermelho, uma das maiores facções brasileiras.
Os presídios federais são considerados modelo de custódia. Nunca houve registro de motins, rebeliões, nunca foram apreendidos celulares dentro das unidades e até então não havia qualquer caso de corrupção envolvendo um de seus servidores. Tanto rigor e cumprimento exemplar da Execução Penal exigia de líderes faccionados a busca por caminhos, alternativas para seguir se comunicando com quem estava do lado de fora da prisão.
O policial penal D. P. exercia cargo de chefia e isso auxiliava para que tivesse acesso aos detentos.
Há um ano, ele começou a ser monitorado pela PF e a movimentação do grupo foi registrada por imagens, muitas delas de dentro e de fora do presídio.
O esquema nascia fora da unidade prisional. Segundo as investigações, haviam intermediadores que levavam até o policial penal os bilhetes, geralmente encaminhados a partir da advogada que representa alguns presos em Catanduvas.
O papel dos bilhetes
Tem sido por meio de bilhetes que líderes de facções têm dado ordens para crimes do lado de fora do presídio. Foi assim que agentes foram mortos há alguns anos como forma de retaliação contra o sistema prisional. Dois destes agentes foram brutalmente assassinados em Cascavel. Alex Belarmino foi morto a tiros em setembro de 2015 e a psicóloga Melissa Almeida assassinada em maio do ano seguinte. As investigações apontaram, na época, que os crimes haviam sido determinados por meio de bilhetes de integrantes do Primeiro Comando da Capital que estavam presos. Na ocasião eles não estavam no presídio em Catanduvas.
Para fechar o cerco e isolar as cadeias de comando, uma série de medidas passou a ser adotada e em fevereiro de 2019 uma Portaria Ministerial determinou que as visitas nos 5 presídios federais fossem apenas por parlatórios. Isso dificultaria que advogados e familiares pudessem levar e trazer informações aos custodiados. Eram por eles que os recados chegavam e saíam das unidades prisionais.
Os crimes
Na investigação desta vez, que resultou na operação realizada na última semana, foram 26 alvos com cumprimento de mandado, muito de busca e apreensão. O policial penal e outros envolvidos podem responder por associação ao tráfico, organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
O esquema vinha desde quando?
O esquema não nasceu agora. Pelo monitoramento foram ao menos 4 anos. Mas onde isso se evidenciou? Pela movimentação financeira dos investigados. O policial penal por exemplo recebia um salário de cerca de R$ 10 mil, mas as investigações revelaram que ele movimentou nos últimos dois anos em sua conta cerca de R$ 2,5 milhões. A conta da advogada suspeita de compor o esquema mostrou uma movimentação de cerca de $ 5 milhões nos últimos dois anos.
O Departamento Penitenciário Federal afirma que, cortar na própria carne é uma medida eficaz para evitar crimes como este dentro do sistema penitenciário federal, tido como referência.
E como o esquema ficou evidente?
Foram nos procedimentos de entrega das refeições que alguns sinais começavam a se mostrar e levantavam suspeitas. Bilhetes passaram a ser entregues junto com as marmitas.
Imagens de dentro e de fora, estas feitas pela PF, ajudaram a fechar o esquema. Monitoramento do circuito interno das câmaras da penitenciária chegaram a registrar membros da mesma facção juntos, em um banho de sol. Nas mãos, um destes bilhetes.
Esse tipo de comunicação entre faccionados costumava ter como meta determinações àqueles que estão fora das unidades prisionais, neste caso o Rio de Janeiro, casa da facção. Geralmente são por meio deles que se dão ordens do que e como fazer. Isso vai desde o tráfico em grandes proporções até mortes por encomenda. (Com Portal 24hrs/Catanduvas em Foco).
Por volta das 19h30min desta sexta dia 18, a equipe de Polícia Militar de Catanduvas recebeu informações de que havia ocorrido um acidente de trânsito na Rua José Marcolino Cardoso, esquina com a Rua Dom Pedro II.
Imediatamente a equipe se deslocou até o endereço e encontrou os dois veículos envolvidos no acidente, um VW/GOL de cor vermelha e um VW/Voyage de cor cinza.
Na abordagem os policiais verificaram que o condutor do veículo Gol trafegava pela Rua Dom Pedro II, momento em que colidiu contra a traseira do veículo Voyage que estava estacionado no acostamento desta rua. Após a colisão, o condutor do veículo Gol tentou evadir-se do local.
Ainda durante a abordagem, foi contatado que o motorista do veículo gol estava nitidamente embriagado, desorientado, não conseguindo se comunicar com a equipe, nem obedecer as ordens emanadas, com os olhos avermelhados, com a boca machucada, e odor etílico.
Alguns segundos após a equipe retirar o autor do interior do veículo e dar voz de prisão pelo crime de embriagues ao volante, este não conseguiu ficar em pé, caindo no asfalto e consequentemente lesionando o lado esquerdo da face.
O autor foi conduzido sem algemas até o Pronto Atendimento de Catanduvas para ser atendido e posteriormente até o DPM de Catanduvas para lavratura do boletim de ocorrência e termo de Constatação de Embriagues, já que ele recusou-se a fazer o teste no etilômetro ELEC BAF-300 número de série 05454.
Na tarde desta quinta quinta dia (17), policiais militares em patrulhamento pelo Bairro Interlagos localizaram um veículo furtado.
O veículo Gol, de cor azul, havia sido furtado na quarta dia (16) no município de Catanduvas e estava estacionado na Rua Anderstop fechado e sem sinais de arrombamento.
O veículo foi guinchado à 15ᵃ SDP para os procedimentos cabíveis, ficando a disposição do devido proprietário residente no Bairro Menino Deus. (Com Catanduvas em Foco).
Nesta terça dia 15, por volta das 23h04Min entrou em contato com a equipe da PM a Sra. Salete relatando que haviam furtado o carro dela e ela tinha conseguido recuperar.
Diante do relato a equipe deslocou até o endereço que estava o veículo, Rua Dom Pedro II, em frente ao numeral 601, onde estava a Sra. Salete.
Foi constatado que dentro do seu veículo Gol Special Placa KRM-5H83 havia muitas roupas, sendo suspeito que o indivíduo que teria furtado o veículo, também teria furtado uma loja de roupas.
Logo chegou a informação que a Loja Santo Antônio que fica na Av. Adolfo Chagas N°401 estava com a porta arrombada e dentro havia muitos cabides pelo chão.
Foi deslocado até o endereço e conversado com a dona da loja, que relatou que as roupas que estavam dentro do veículo pertenciam a sua loja.
Diante do exposto todos os envolvidos foram orientados, o veículo foi entregue à Sra. Salete e as roupas recuperadas foram entregues a proprietária da Loja.
Posteriormente encaminhado o boletim para a Polícia Civil para os devidos procedimentos investigativos.
Entre os presos da Operação Efialtes, desencadeada na terça dia (15), estão um agente penitenciário e uma advogada.
Conforme informado, foram sete pessoas presas em Cascavel e 16 em Catanduvas. Ao todo foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva.
Na Operação Efialtes também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão.
A ação que contou com aproximadamente 90 policiais federais foi realizada nas cidades de Catanduvas e Cascavel, no Paraná, Chapecó em Santa Catarina e São Bernardo do Campo em São Paulo. (Com Catanduvas em Foco e Catve.com).