Catanduvas - Fim das visitas íntimas gera em novo protesto na Penitenciária
Seis dias após a primeira manifestação, as mulheres dos detentos da Penitenciária Federal de Catanduvas voltaram na manhã de terça dia 25,para protestar sobre a proibição das visitas íntimas nas Unidades de segurança máxima do Brasil.
O motivo da manifestação é que desde a morte da Especialista Federal em Assistência à Execução Penal, Melissa Almeida, em 25 de maio de 2017, em uma emboscada no Bairro Canadá em Cascavel, as visitas intimas foram encerradas em todos os quatro presídios federais do Brasil: Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO).
O movimento pacifico é realizado em frente a um dos principais portões de acesso a penitenciária. Com faixas e cartazes, os familiares pedem a retomada dos direitos dos detentos.
A advogada de defesa, que atende semanalmente presos na unidade, Lucéia Alcântara de Macedo, ressalta que o movimento tem por objetivo manter o direito dos apenados. "Essa ação tem por objetivo principal a liberação das visitas íntimas nos presídios federais, que estão suspensas há mais de um ano, entre outras restrições que ferem direitos constitucionais bem como tratados internacionais de direitos humanos dos quais o país é signatário", esclarece.
A Unidade Prisional de Catanduvas foi a primeira penitenciária de segurança máxima do Brasil e atualmente abriga mais de 200 presos de alta periculosidade que são vigiados 24 horas por agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
Na quinta dia 27, a manifestação está marcada para acontecer em Brasília, onde uma reunião foi marcada com o Ministro do Supremo Tribunal Federal e relator do pedido de liberação das visitas íntimas e também para debater outras reivindicações da população carcerária do Brasil.
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