Rússia realiza ataque com drones contra Ucrania nas primeiras horas de 2025
Nas primeiras horas de 2025, a Rússia lançou um ataque com drones contra Kiev, a capital ucraniana. A ofensiva ocorreu em dois distritos distintos da cidade, deixando 6 pessoas feridas e causando danos a edifícios residenciais.
De acordo com a agência de notícias Reuters, as autoridades de defesa aérea da Ucrânia alertaram a população de Kiev sobre o ataque na manhã de quarta-feira (1º de janeiro de 2025). O prefeito Vitali Klitschko informou que as forças militares estavam combatendo a ofensiva.
Imagens divulgadas pelo Serviço de Emergência da Ucrânia na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) mostraram bombeiros trabalhando para apagar incêndios em prédios residenciais atingidos pelos drones. Uma mulher idosa foi resgatada e socorrida.
O exército ucraniano relatou ter derrubado 63 dos 111 drones lançados pela Rússia. Outros 46 drones foram interceptados por sistemas de defesa eletrônica.
A primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, comentou o ataque em uma mensagem publicada na rede social X, destacando que a ação servia como um "lembrete ao mundo de que a Rússia não reconhece feriados". Ela afirmou: “Enquanto o mundo celebra a chegada de 2025, a Rússia escolhe o terror, mais uma vez. No primeiro dia do novo ano, a capital da Ucrânia foi atacada. Prédios residenciais foram atingidos. Esse é outro lembrete de que a Rússia não reconhece feriados ou dias de folga”.
Ucrânia suspende fornecimento de gás russo para a União Europeia
Na segunda-feira (30 de dezembro de 2024), a Ucrânia anunciou a interrupção do fornecimento de gás russo para a União Europeia. Em resposta à continuidade da guerra com a Rússia, o governo ucraniano optou por não renovar o acordo que permitia a passagem de gás russo para o bloco europeu mediante pedágio.
O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou o fim do acordo, expressando confiança de que a Gazprom, estatal russa, não seria severamente impactada pela decisão. "Vamos sobreviver, a Gazprom vai sobreviver", declarou Putin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já havia antecipado a decisão de não renovar o contrato. Em 19 de dezembro, Zelensky afirmou que a Ucrânia não permitiria que a Rússia "lucre bilhões adicionais enquanto continua sua guerra agressiva".
A medida levanta preocupações sobre os impactos no abastecimento de gás para alguns países da União Europeia, especialmente aqueles que dependem do fornecimento russo via Ucrânia e que não têm alternativas de importação marítima. Áustria, Hungria e Eslováquia ainda recebem gás russo através da Ucrânia, sendo que especialmente Hungria e Eslováquia desejam manter o fornecimento. A situação permanece incerta quanto aos efeitos desse corte no abastecimento para esses países.