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Quadrilha que clonou celulares de autoridades políticas é presa no Maranhão

Quadrilha que clonou celulares de autoridades políticas é presa no Maranhão

As polícias Civil e Federal do Maranhão, com o apoio da Polícia Civil do Paraná, deflagraram na manhã desta terça dia 17, a Operação "Fraud", cujo objetivo foi cumprir ordens judiciais de busca e apreensão, além de prisões preventivas contra suspeitos de clonarem linhas telefônicas e aplicarem golpes por meio do aplicativo de mensagens. O nome da operação significa fraude em inglês.

 

Durante a operação, quatro pessoas foram presas, dois carros (uma BMW e uma Hilux SW4) e diversos celulares apreendidos. Outras duas pessoas, uma mulher e um vendedor ambulante, já haviam sido presas em junho, suspeitas de participarem dos golpes. A dupla emprestou contas bancárias para parte de depósitos.

 

As investigações se iniciaram depois que os suspeitos clonaram os aparelhos de políticos, entre eles o aparelho celular da governadora do estado do Paraná, Maria Aparecida Borghetti, clonado quatro vezes no mês de março. Vários deputados federais, estaduais e ministros de Estado também tiveram os números clonados.

 

A organização criminosa aliciava laranjas para abrir contas e receber as transferências bancárias da lista de contatos das vítimas. O bando clonava as linhas telefônicas e solicitava empréstimos perante os contatos do titular da linha clonada. Somente este ano o chefe da quadrilha adquiriu cerca de 80 chips que foram adulterados.

 

O papel desses presos era fornecer contas bancárias para que os estelionatários realizassem os golpes. Junto com eles, apreendemos os carros de luxo, celulares, cordões de ouro e relógios de marca, explicou Leonardo Carneiro, delegado-titular da Delegacia de Estelionato de Curitiba.

 

Os golpistas se passavam pelas autoridades, alegando que tinham seu limite de transferência bancário excedido e solicitavam que a pessoa da lista de contatos da agenda telefônica fizesse uma transferência complementar para uma conta dada pelo falsário. Em alguns casos os golpistas encaminhavam boletos a serem pagos pelas vítimas, que acreditavam estar fazendo um favor para as vítimas.

 

A investigação foi assumida pela Polícia Civil do Maranhão, atendendo à súmula 48 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determina que em casos de estelionatos, fique concentrada no local da obtenção da vantagem ilícita.

 

Todos os presos durante a operação, foram autuados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. As investigações continuam a fim de identificar outras pessoas envolvidas com a quadrilha em outros estados brasileiros.

 

 

 

SICREDI 02