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Produtores da Polônia protestam contra acordo Mercosul e União Europeia

Produtores da Polônia protestam contra acordo Mercosul e União Europeia

Produtores bloquearam a passagem de fronteira de Medyka, na Polônia, com a Ucrânia neste sábado (23/11), informaram as agências de notícias PAP e Reuters, em protesto contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Segundo os agricultores, eles perderão competitividade se o acordo for assinado.

Eles também protestam contra um aumento de imposto agrícola na Polônia. O Ministro da Agricultura do país disse que apoiava as demandas dos agricultores em relação ao acordo do Mercosul e que o governo abordará isso em sua próxima reunião.

Durante o bloqueio de sábado, que deve durar 24 horas, cerca de 30 pessoas caminharam pela faixa de pedestres, com caminhões da Ucrânia impedidos de entrar e apenas um caminhão por hora era autorizado a sair da Polônia, informou a PAP. "Por enquanto, não há dificuldades", disse Anita Pukalska, da sede da polícia municipal de Przemysl, sobre o bloqueio dos fazendeiros, que não se aplica a veículos de passageiros, ônibus, transporte humanitário e militar.

Outros protestos

Na França, desde a semana passada, produtores têm feito uma série de protestos também contra o acordo Mercosul-UE. Na quinta-feira, eles bloquearam operações no porto de Bordeaux, no sudoeste da França. E, conforme a rádio RMC, outros 85 pontos de manifestação eram contabilizados no país.

Em uma escalada de reclamações, na quarta-feira (20/11), o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou que a empresa deixaria de comercializar carnes provenientes de países do Mercosul, como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão gerou uma retaliação das empresas brasileiras.

Apesar da oposição da classe política francesa e dos setores agrícolas, a UE parece determinada a assinar o acordo até o final do ano, o que permitiria aos países sul-americanos aumentar suas cotas de entrada no bloco de carne bovina, de frango e suína.

Vários países europeus, como Espanha e Alemanha, são favoráveis ao acordo, que abriria as portas para maiores exportações de carros, máquinas e produtos farmacêuticos da UE.

No domingo, durante uma visita a Buenos Aires, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que seu país "não assinará o tratado com o Mercosul da maneira como está".

 

 

 

 

Por Globo Rural

 

 

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