Primeiro semestre será ‘recheado’ de concursos públicos
Após um 2017 positivo, com a abertura de um bom número de concursos públicos nas esferas estaduais e federal, o ano de 2018 deve reservar uma agenda lotada aos concurseiros no primeiro semestre.
É que com eleições marcadas para agosto, o Poder Público se vê obrigado a antecipar as provas para não descumprir a legislação, que proíbe ao Executivo e ao Legislativo contratarem três meses antes da eleição até o dia de posse dos eleitos.
“O ano de 2017 se concretizou como um bom ano e 2018 tende a ser melhor ainda no primeiro semestre, que daí entramos em período eleitoral e os concursos ficam suspensos. Então agora é a hora”, afirma Henrique Arns, diretor do curso Luiz Carlos, especializado em concursos públicos e há 35 anos no mercado.
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Até aqui, três editais já foram lançados e têm atraído grande atenção. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), uma espécie de ‘CIA tupiniquim’, oferta 300 vagas para nível médio e superior com lotação em Brasília e salários que variam entre R$ 6.302,23 e R$ 16.620,46. A Petrobras, por sua vez, oferta 57 vagas imediatas de nível superior com remuneração na casa dos R$ 10 mil.
Já no Paraná, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Paraná (Agepar) publicou na última semana, no Diário Oficial, o edital de abertura do concurso público para provimento de 20 vagas. A remuneração chega a R$ 6.869,29 e os cargos são para nível médio e superior.
Com provas previstas para acontecerem em março, tais concursos se somam a outros abertos desde o ano passado e cujas provas serão aplicadas neste ano, como o concurso para técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná, com mais de 90 mil inscritos, e a outros tantos que deverão ser anunciados nos próximos dias ou semanas, incluindo prefeituras e outras instituições públicas.
“O Ministério do Planejamento já aprovou R$ 550 milhões para a realização de concursos públicos neste ano, então a expectativa é que esse valor todo seja consumido já neste primeiro semestre”, comenta Henrique Arns, apontando ainda que na sequência deverão ser lançados editais com vagas para a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Receita Federal (RF) e vários ministérios, como o do Trabalho.
Aposentadoria
Até pouco tempo, a promessa de uma aposentadoria difícil de ser equiparada no setor privado era um dos principais atrativos do funcionalismo público. Com a iminência de uma reforma da Previdência, contudo, esse aspecto acabou por deixar de ser tão positivo aos concurseiros. Ainda assim, segundo Henrique Arns, o fator estabilidade tem atraído um número cada vez maior de estudantes interessados em ingressar na carreira pública.
“A crise econômica acabou gerando demissões e fez aumentar a procura pelos concursos, que acabam sendo uma garantia para a pessoa aprovada e que busca estabilidade. A reforma da Previdência deve tirar alguns benefícios previdenciários da pessoa concursada, mas a estabilidade ainda fala mais alto, até porque muitas dessas pessoas sofreram com demissões no setor privado”, aponta Arns. (Com Bem Paraná)