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Ministério da Saúde descarta caso suspeito de coronavírus no Paraná

Ministério da Saúde descarta caso suspeito de coronavírus no Paraná

O Ministério da Saúde descartou, nesta segunda dia 03, o caso suspeito do Novo Coronavírus no Paraná, depois de investigação específica de amostra coletada. O caso já havia sido descartado clinicamente e nos primeiros exames feitos pelo Estado na semana passada. Eram dois casos suspeitos, uma mulher que voltou de uma viagem à China, e de um trabalhador de passagem pela Capital que também vinha da China. Um dos casos foi descartado quando se verificou que seria um caso de gripe. O outro esperou pelos exames.

 

Apesar de não haver casos confirmados da doença no País, até o momento, por medida de precaução o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, assinou, ontem, a resolução ativando oficialmente o Centro de Operações em Emergências (COE) com o objetivo de definir as estratégias e procedimentos para o enfrentamento da situação epidemiológica relacionada ao Novo Coronavírus.

 

“Estamos em alerta para a situação de emergência de saúde pública e de importância internacional e a finalidade da resolução é reduzir os potenciais impactos do evento, por meio de uma resposta coordenada, eficaz, eficiente e oportuna; seguimos assim orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde”, afirmou o secretário Beto Preto.

 

O COE reúne 16 áreas da Secretaria da Saúde do Paraná e organiza,desde o dia 27 de janeiro, as ações e as informações sobre a situação de possíveis casos e notificações, no Estado, incluindo a avaliação de risco do evento, com base em critérios predefinidos pelo MS. O grupo reúne é coordenado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Paraná (CIEVS/PR).

 

O Ministério da Saúde descartou ontem o caso suspeito no Paraná, depois de investigação específica de amostra coletada.

 

Portos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Portos do Paraná realizaram ontem uma série de reuniões com a Marinha, Regional de Saúde, Samu, Hospital Regional do Litoral, empresas, armadores e operadores portuários, sobre o novo coronavirus (nCoV). O encontro esclareceu a definição de caso suspeito adotada pelo Ministério da Saúde e ressaltou a importância dos planos de contingência e da articulação entre órgãos de governo, porto, entidades e profissionais para o enfrentamento da doença.

 

Mortes


De acordo com o balanço divulgado pela China no começo da noite de ontem (horário de Brasília), haviam 19.700 casos de coronavírus confirmados e 426 mortes pelo vírus. Outras 475 pessoas foram curadas e receberam alta hospitalar. Ao todo, 146 casos foram detectados fora da China e uma morte ocorreu fora do território chinês, nas Filipinas.

 

Governo prepara plano para repatriar brasileiros na China

 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse ontem que o governo vai aumentar o nível de alerta em saúde no caso do coronavírus de perigo iminente para emergência em saúde pública. Segundo o ministro, o reconhecimento de emergência em saúde pública vai facilitar o processo de repatriamento de brasileiros que estão na cidade de Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus.

 

Mandetta adiantou que o governo deveria encaminhar ainda ontem ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) que vai definir os critérios de quarentena. “Vamos fazer uma lei de quarentena para fazer com que todos os itens relacionados a quarentena funcionem interligados”, acrescentou o ministro.

 

Ele destacou que, apesar de o país não ter confirmado nenhum caso de coronavírus, o reconhecimento de emergência em saúde pública vai dar mais agilidade ao governo para os trâmites de repatriação. “Sem o estado de emergência eu não consigo ter medidas de agilidade para lidar com uma situação dessa”

 

“O estado de emergência vai servir inclusive para viabilizar essa operação de repatriamento que vai ter custos não previstos”, afirmou.

 

Segundo Mandetta, o governo trabalha com a possibilidade de dois voos. O Ministério da Defesa ficará a cargo dos detalhes do voo e o das Relações Exteriores, dos trâmites junto ao governo chinês para a liberação dos brasileiros. “O prazo para o repatriamento será o necessário para que nós possamos fazer [o regesso] com a máxima segurança, respeitando todos os trâmites legais e de saúde”, disse. Assim que chegarem ao Brasil, eles deverão ser submetidos a quarentena de 18 dias. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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