Inflação dos mais pobres é a menor da história
A inflação para as famílias mais pobres recuou para o menor nível da história, desde o Plano Real. No ano passado, o indicador que mede a variação de preços para esse grupo ficou em 2,07%, como explica o economista José Luiz Pugnussat.
“A inflação baixa significa que os preços subiram pouco. Significa que o poder de compra, do salário do trabalhador, que teve seu reajuste, acaba se elevando. Quem foi efetivamente beneficiado por esta inflação menor foi a população mais pobre brasileira.”
De acordo com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a queda de preços de alimentos contribuiu para que o ano fosse melhor para essas famílias.
“A razão principal de ter ficado abaixo da meta de 4,5 foi um item que está fora do controle do Banco Central, que é a inflação de alimentos. A inflação de alimentos teve uma deflação de 4,85. A inflação de alimentos caiu 4,85 no ano passado, que é uma boa notícia para a população.”
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A supersafra do ano passado contribuiu para que aumentasse a oferta de alimentos, fazendo com que a comida ficasse mais barata no Brasil.
O feijão-carioca, por exemplo, que em 2016 chegou a custar quase R$ 10, ficou 46,06% mais barato no passado. O arroz também registrou queda nos preços, com uma variação de 10,86%. O preço da carne, do frango, do açúcar e de frutas como maçã, banana e mamão também ficaram com preços mais acessíveis.
Já para esse ano, segundo o IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 224,3 milhões de toneladas, 6,8% menor que o total da safra de 2017. Essa redução deve-se, principalmente, às menores produções previstas para o milho e a soja. (Com Agência do Rádio)