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Globo afasta William Waack de telejornal depois de fala racista

Globo afasta William Waack de telejornal depois de fala racista

O apresentador do 'Jornal da Globo', William Waack, 65, foi afastado de suas funções após ser acusado de racismo. Em vídeo publicado na internet, ele afirma, irritado, que o barulho de uma buzina é "coisa de preto".

 

O jornalista aparece no vídeo antes de uma entrevista com Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, num estúdio em frente à Casa Branca, nos EUA.

 

"Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar porque eu sei quem é." Na sequência da gravação, Waack olha para o convidado e diz, em tom baixo: "É preto. É coisa de preto."

 

Após o comentário do jornalista, o convidado ri constrangido. Não há informações sobre quem divulgou a gravação, realizada durante a corrida eleitoral americana em 2016.

 

"A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante", afirma a emissora em nota.

 

"Waack afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza, mas pede sinceras desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação", diz o texto.

 

No mesmo comunicado, a emissora elogia o jornalista, "um dos mais respeitados profissionais brasileiros, com um extenso currículo de serviços ao jornalismo". Diz ainda que fará reunião nesta quinta dia 09, para definir "os próximos passos".

 

Waack começou na Globo como correspondente em Londres em 1996, após fazer carreira na imprensa escrita. Retornou ao país em 2000 e passou a atuar como repórter para o "Jornal Nacional" e outros telejornais. Em 2005, tornou-se âncora do "Jornal da Globo".

 

Renata Lo Prete, 52, ocupou a bancada do telejornal nesta quarta (8). Substituta oficial dele, ela deve permanecer no cargo por tempo indeterminado. A jornalista também é apresentadora, editora e comentarista de política do "Jornal das Dez", da GloboNews.

 

OUTROS CASOS

 

Em setembro, o apresentador do "Jornal da Band", Boris Casoy, indenizou o gari José Domingos de Melo, que o processou em 2010 por se sentir ofendido após um comentário do jornalista.

 

Melo apareceu em uma vinheta desejando "feliz Natal", mas uma falha técnica levou ao ar o áudio de Boris dizendo: "Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho".

 

Em 1998, durante a exibição de uma reportagem sobre o Ballet Kirov no programa "Fantástico", Pedro Bial, então apresentador do programa, deixou escapar um "isso é coisa de veado". (Com FolhaPress)

 

 

 

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