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Dólar sobe nesta sexta, mas fecha o mês abaixo de R$ 5

Dólar sobe nesta sexta, mas fecha o mês abaixo de R$ 5

O dólar fechou a última sessão do mês em alta, na medida em que investidores digeriram dados de inflação dos Estados Unidos e monitoraram indicadores econômicos na agenda local.

 

Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,15%, cotada a R$ 4,9874. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,0184. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,52%, cotada a R$ 4,9801. Mesmo com o resultado positivo, no entanto, a moeda não conseguiu superar os R$ 5 nem recuperar as perdas no mês. Assim, acumulou:

 

  • Queda de 1,40% na semana;
  • Recuo de 1,61% no mês;
  • Baixa de 5,51% no ano.

 

O que está mexendo com os mercados?

 

Houve, nesta sexta-feira, dois indicadores importantes no Brasil. O primeiro foi a taxa de desemprego no país, que subiu para 8,8% no trimestre móvel terminado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o menor resultado para o trimestre desde 2015, quando fechou em 8%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre outubro e dezembro, o período traz aumento de 0,9 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,1%.

Com isso, o número absoluto de desocupados teve alta de 10% contra o trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas. São 860 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado o último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 21,1%, ou 2,5 milhões de trabalhadores.

Além disso, o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou forte expansão de 3,32% em fevereiro, na comparação com janeiro.

O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes. O indicador aponta melhora da economia, após estagnação registrada em janeiro.

 

O crescimento do indicador em fevereiro foi o maior desde junho de 2020 - quando foi registrada uma alta de 4,86%. Com isso, foi a maior alta em 33 meses, segundo a série histórica do Banco Central.

Já no exterior, as atenções ficaram voltadas para os gastos dos consumidores nos Estados Unidos, conhecidos como PCE.

O indicador subiu 0,3% em março e, segundo especialistas, pode sinalizar uma nova alta dos juros básicos do país por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Segundo levantamento da Reuters, a aposta majoritária do mercado é de um aumento de 0,25 ponto percentual da taxa na próxima semana.

A temporada de balanços também ficou no radar.

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