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Como o Brexit afeta a cotação do euro?

Como o Brexit afeta a cotação do euro?

Incertezas põem em xeque a situação do Reino Unido e da própria Europa.

 

O Brexit, ou seja, a saída britânica da União Europeia, continua sob polêmicas, mesmo depois de aprovada. Um termo tão pequeno: uma abreviação de British exit, o Brexit pode afetar a cotação de diferentes moedas, sobretudo o euro, moeda oficial dos países-membros da União Europeia.

 

Só no final de janeiro deste ano, que a decisão, determinada por voto popular, foi concretizada. Mas um dos grandes problemas que surgem a partir desse novo cenário tem a ver com o euro e a possível oscilação da moeda.

 

Em meio a tantas incertezas, já que não se sabe ao certo como o Reino Unido vai se portar, no que diz respeito às transações com o restante do mercado europeu, é preciso entender, minimamente, o que está acontecendo, para, só então, fazer projeções acerca do futuro do euro.


História X Atualidade


A história da União Europeia começa a partir da década de 1950. Ela foi criada em uma fase pós-Segunda Guerra Mundial, com objetivo de unir política e economicamente os países europeus, assegurando um pouco mais de paz para os anos posteriores.

 

Dessa forma, os países da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, como Alemanha, Itália, França, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos se reúnem para o que seria chamado de Comunidade Econômica Europeia (CEE) — o Mercado Comum.

 

A reunião dos países vai crescendo e, nos anos seguintes, os bons frutos da melhora na economia começam a ser percebidos. Isso porque os países participantes do Mercado Comum não cobravam direitos aduaneiros sobre as trocas comerciais que eram realizadas uns com os outros.

 

A partir da década de 1970, novos países vão sendo gradualmente integrados ao grupo, a começar pelo Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, em 1973.

 

Mas é somente a partir da década de 1990, com o fim dos regimes socialistas na Europa Central e Oriental, que há uma expansão definitiva do bloco, já chamado de União Europeia, por conta das quatro liberdades: livre circulação de mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais.


Euro e crise econômica


A partir dos anos 2000, o euro passa a ser a moeda oficial da União Europeia, assim como em vários dos países participantes, à exceção do Reino Unido, que manteve a libra esterlina como sua moeda. Em 2013, o número de países que participam do bloco chega a 28.

 

Porém, em 2008, uma forte crise financeira abala os mercados do mundo inteiro. A União Europeia acaba ajudando vários países, chegando a criar a União Bancária, de forma a dar segurança aos bancos.

 

De fato, o Reino Unido, apesar de fazer parte da União Europeia desde 1973, sempre esteve com um pé atrás em relação ao acordo. Grande parte da sua população, principalmente a camada mais idosa, por exemplo, sempre foi contrária à permanência do Reino Unido no bloco.

 

Nos últimos tempos, problemas envolvendo a imigração ilegal bem como a crise econômica que assolou a Europa anos antes, colaboraram para que os britânicos votassem, em 23 de junho de 2016, pela saída do bloco.


Incertezas

 

Como já se sabe, o Brexit foi, finalmente formalizado no dia 31 de janeiro. No entanto, ainda há muitas dúvidas de quanto e como a saída do Reino Unido da União Europeia vai impactar a economia local e mundial.

 

Segundo o National Institute of Economic and Social Research (em português, Instituto Nacional de Pesquisas Econômicas e Sociais), o Reino Unido deve sofrer graves consequências, com uma redução significativa de investimentos estrangeiros, produtividade e migração.

 

Nos últimos tempos, foi percebida uma forte valorização do euro, mas, segundo especialistas, ainda é cedo para estimar quais serão os impactos dessa mudança tão significativa para toda a Europa.

 

No entanto, é somente a partir da decisão por um acordo comercial com a União Europeia, que deve ocorrer entre o final deste ano e o início de 2021, que será possível ter uma ideia mais clara dos impactos do Brexit ao euro e aos países participantes da União Europeia.

 

 

 

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