Caminhoneiros ameaçam greve
Milhares de caminhoneiros autônomos do país podem cruzar os braços a partir da próxima segunda dia 21, em uma manifestação que cobra do governo reduzir a zero a carga tributária sobre o diesel e que pode contar com apoio de outras categorias que têm no combustível o principal custo.
"Se hoje não tiver uma resposta (do governo sobre as reivindicações) até as 18h, a gente já vai começar a se preparar para parar a partir da segunda-feira", disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes. "Tem hora e dia para começar, mas não para acabar", acrescentou.
Questionado nesta sexta dia 18, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou que o governo está sensibilizado com a alta dos preços e que já está discutindo formas para uma redução de impostos.
Uma paralisação no transporte poderia afetar, entre outros setores, a indústria de soja, cuja colheita no Brasil terminou recentemente. Isso em um momento em que o mercado internacional conta com o produto do país, o maior exportador global. O movimento promete ser mais forte justamente no Centro-Oeste e no Sul, as principais regiões brasileiras produtoras de grãos.
A entidade que organiza o protesto reúne cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos de um total de cerca de 1 milhão de motoristas no Brasil e cobra o governo desde outubro do ano passado a queda nos custos do diesel. (Com Associação Brasileira dos Caminhoneiros)
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