Barroso determina afastamento de senador pego com dinheiro na cueca
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quinta dia 15, o afastamento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) de suas funções no Congresso por
90 dias. A decisão agora segue para o Senado, que pode manter ou não a determinação de Barroso.
Ontem, Rodrigues foi pego com uma grande quantia de dinheiro vivo na cueca em sua casa em Boa Vista, quando a Polícia Federal cumpria um mandado de busca e apreensão por suspeita de desvios de recursos públicos de emendas parlamentares destinadas ao combate à pandemia de covid-19.
Entenda o caso:
PF encontra dinheiro na cueca de vice-líder do governo Bolsonaro.
O vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, em Boa Vista, escondeu dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais. A investigação, sob sigilo, apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares.
A ordem de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Luís Roberto Barroso.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou com duas fontes que tiveram acesso a informações da investigação, foram encontrados R$ 30 mil dentro da cueca do vice-líder do governo Jair Bolsonaro.
Ao todo, os valores descobertos na casa do senador chegariam a R$ 100 mil. A investigação apura indícios de irregularidades em contratações feitas com dinheiro público, que teriam gerado sobrepreço de quase R$ 1 milhão.
As informações oficiais da PF, dado o sigilo do caso, se limitam a dizer que foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão durante a operação, em Boa Vista, que busca a "desarticulação de possível esquema criminoso voltado ao desvio de recursos
públicos, oriundos de emendas parlamentares".
A Controladoria-Geral da União (CGU), que também faz parte da investigação, disse que a operação Desvid-19, realizada em Roraima, apura o "desvio de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações".
Ainda segundo a CGU, as contratações suspeitas de irregularidades, realizadas no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, envolveriam aproximadamente R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados no combate ao novo coronavírus. (Com UOL).