Quarta, 09 Dezembro 2015 14:38

13 atitudes que todo homem deve ter para acabar com a violência contra a mulher. Confira!

“Quando um homem ouve falar sobre violência contra a mulher ou de gênero, assédio sexual ou abuso infantil, se afasta da conversa porque crê que isso não diz respeito a ele”.

 

Quem faz a afirmação crítica é Jackson Katz, ativista americano que luta para a prevenção da violência de gênero.

 

Em visita ao Brasil, a convite do instituto Avon para o fórum Fale Sem Medo, o palestrante explicou que homens devem ser os principais citados quando trata-se desse tema e mostrou uma lista de atitudes que eles precisam adotar para combater o problema.

 

Para Jackson, as conquistas das mulheres ao longo dos anos é imensurável e o papel de atuação delas é essencial para uma sociedade justa a longo prazo. No entanto, o que o ativista defende é que a sociedade, ao falar sobre violências motivadas pela desigualdade de gênero, coloque o homem como o agente e o responsável pela prevenção e extinção do tipo de pensamento que motiva as ações violentas. Isto porque, ao definir essas conversas só como “assunto feminino”, estamos livrando o dominador ou agressor da autocritica e da culpa e, assim, atrasando a processo de mudança que também depende deles.

 

De acordo com o ativista, é essencial, então, que o grupo dominante seja desafiado a questionar o seu papel, repensar suas atitudes e agir para combater as formas de violência pelas quais é responsável. Para isso, Jackson propõe uma lista com dicas de como os homens devem agir caso queiram por fim ao machismo.

 

O que um homem pode fazer para acabar com o machismo?

O documento foi elaborado em 2013, tem os direitos livres para a divulgação e está disponível no site da MVP Strategies, organização de educação para a prevenção da violência contra as mulheres da qual o palestrante faz parte.

 

1: A violência de gênero precisa ser considerada um problema primordialmente dos homens porque, na maioria dos casos, eles são os agentes das ações.

 

2: Ao presenciar casos de violência contra a mulher de qualquer natureza (desrespeito, agressões morais ou físicas, assédio), seja como irmão, colega de classe ou trabalho, eles não devem ficar em silêncio. Conversar com o agressor sobre a atitude errada é essencial.

 

3: Todos os homens precisam compreender que, em algum grau, têm atitudes machistas. E, por isso, devem sempre questionar suas próprias ações. Evitar ficar na defensiva quando alguma atitude ofende alguém e tentar entender como elas podem perpetuar o sexismo é um dos principais caminho para suprimi-lo.

 

4: Após a compreensão, é importante que eles se esforcem para mudar. Por mais que seja difícil abandonar antigos hábitos, esse esforço é um grande passo para uma sociedade mais justa e menos violenta.

 

5: Ao desconfiar que uma mulher próxima está sendo abusada ou agredida, verbal, emocional ou fisicamente, ele deve perguntar, gentilmente, se ela está precisando de ajuda e como pode fazer isso.

 

6: Um indivíduo é construído a partir da absorção de diversos acontecimentos. Eles, juntos, dizem muito sobre o comportamento durante a vida. Por isso, caso um homem tenha sido vítima de violência emocional, psicológica, física ou sexual cometida por uma mulher, na infância ou vida adulta, ele deve procurar ajuda imediatamente. Em alguns casos, essa pode ser a causa da sua agressividade com o gênero oposto.

 

7: Dizer que concorda com as lutas feitas pelas mulheres é pouco. Mais do que apoiar, é importante que eles participem ativamente, seja de palestras abertas ou com ajuda física e financeira.

 

8: A homofobia é mais um tipo de violência que afeta também as mulheres. Por isso, reconhecer e falar sobre elas nos mais diversos ambientes é importante para a emancipação de todas as pessoas. Homens, ao falar sobre sexismo, por exemplo, muitas vezes têm sua orientação sexual questionada, como se isso o tornasse inferior. É por isso que o combate só se torna efetivo quando as lutas caminham juntas.

 

9: Assim como fazer com as atitudes machistas, reconhecer a homofobia internalizada é importante, mas tentar mudar as atitudes deve ser uma das principais metas deles.

 

10: Compreender como é a criação e a formação dos homens é importante neste projeto de reflexão. Por isso, ler sobre o assunto e fazer cursos sobre as masculinidades multiculturais, desigualdade de gênero e causas profundas da violência é muito importante para torná-los embasados e ricos teoricamente.

 

11: O item 10 é importante porque, para conversar e discutir com outros homens sobre esses assuntos para a desconstrução coletiva, muitas vezes eles podem precisar de uma boa argumentação teórica.

 

12: Para o combate destas violências os homens, além do discurso, também devem evitar, no dia a dia, a divulgação e a compra de quaisquer conteúdos ou produtos revistas, vídeos, livros, assinaturas na web que retrate meninas ou mulheres de forma sexualmente degradante.

 

13: Assumir o posicionamento publicamente e postar nas redes sociais o processo de mudança para que outros homens tenham acesso às informações pode parecer pouco efetivo, mas também é uma forma deles prevenirem a violência de gênero.(Com Bolsa de Mulher)

 

 

 

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