O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) cumpriu o que vinha pregando nos últimos meses, com a sexta ocupação de áreas de terras da empresa Araupel, desta vez em Quedas do Iguaçu.

Na gleba, Projeto Quatro, conhecido como Pousada, as margens da PR 473.

Tensão no campo aumentou após uma nova ocupação há duas semanas.

O clima de conflito agrário na região da Cantu, nos municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu, onde estão as áreas de reflorestamento da Araupel, é cada vez mais tenso desde a nova ocupação feita pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no dia 1º de junho.

A Araupel contabilizou esta semana os últimos estragos produzidos pelos integrantes do MST, que mais uma vez bloquearam a única via de acesso da empresa à sua matéria-prima, o reflorestamento, no dia 1º de junho.

Segundo a empresa, ancorados na decisão judicial de primeira instância, de que as terras pertencem à União, o grupo vem estimulando a chegada de outras pessoas para o acampamento e ameaçam promover mais estragos à empresa.

A menos de 1 km do quadro urbano da cidade em uma área de reserva legal.

No início da manhã desta terça dia 02, foi possível observar as primeiras barracas sendo montadas em uma área de reserva legal, dentro do Assentamento Celso Furtado na região do SILO.

Diretores da Araupel lamentaram a sentença proferida pela Justiça Federal reconhecendo que a Fazenda Rio das Cobras, antiga Giacometi, em Quedas do Iguaçu, pertence ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). LEIA AQUI.

Por meio da Assessoria de Imprensa, a Araupel disse que foram levados em conta a “vasta prova material constante nos autos que desconsidera 126 anos de história”.  Ainda segundo a empresa, os títulos foram “perfeitamente constituídos conforme a legislação da época. "A empresa vai recorrer da decisão o que por si só já suspende os efeitos da sentença", diz a Araupel à Rede Sul de Notícias.