A maioria dos acidentes acontece quando o bebê tromba em alguma coisa, encontra um degrau ou um obstáculo e o andador vira. Um simples sapato ou brinquedo no meio do chão já pode causar esse tipo de acidente. Em geral, a primeira parte do corpo do bebê a ser atingida em um acidente com andador é a cabeça, podendo causar danos irreversíveis.
Além disso, os andadores não contribuem nada para a criança aprender a andar, e podem até atrasar um pouco o processo. Para atingir o marco do desenvolvimento, o bebê precisa passar pelas fases de rolar, sentar, engatinhar (é verdade que alguns pulam essa fase) e brincar no chão. O andador força a criança a saltar várias destas etapas essenciais para o seu desenvolvimento. Impede à criança experimentar as quedas naturais do início da aprendizagem de andar, assim, a aquisição do equilíbrio é limitado e pode ainda deformar a estrutura óssea da perna.
Andadores são usados na melhor das intenções em quem ainda não está com seu desenvolvimento neuropsicomotor habilitado para andar. Quando a criança estiver pronta, vai fazê-lo. Já o bebê que não usa o andador poderá sentar-se no chão, engatinhar ou ir se apoiando nos móveis até chegar ao objeto desejado. Lembre-se: enquanto manuseia objetos e brinquedos, o bebê está desenvolvendo seu cérebro naturalmente
Caso o adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo todo ao lado do bebê, é mais seguro colocá-lo num cercado com brinquedos do que num andador. Cercá-lo de um ambiente protetor, com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas; estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador definitivamente não se enquadra neste esquema.
Devido a isso pense antes de adquirir um produto que não ajudará no desenvolvimento do seu bebê.