O desgaste pode ser observado mais facilmente por dores articulares em joelhos de corredores ou cotovelos de tenistas e golfistas. Isso pode ser prevenido evitando abusos e utilizando proteção adequada dos membros.
A adaptação é mais facilmente observada na hipertrofia muscular em halterofilistas e no rearranjo das traves fibrosas ósseas para suportar melhor impacto durante o crescimento.
O coração, como o músculo que é, também sofre adaptação quando é submetido a estresse repetido.
As mudanças mais comuns são:
Redução da frequência cardíaca: sinais de que o sistema nervoso autônomo parassimpático já se acostumou com a sobrecarga de adrenalina e aprendeu a balancear a frequência do coração e seus efeitos deletérios
Hipertrofia do miocárdio: o músculo aumenta sua massa para melhorar a performance e se adaptar ao alto fluxo durante o esporte
Sopros: podem ser causados pela hipertrofia, mais raramente, ou pelo fluxo aumentado. Devem ser avaliados com cuidado, pois sua presença pode não ser benigna
Arritmias cardíacas: aqui a adaptação já começa a se tornar desgaste. O coração sob estresse intenso pode não tolerar mais o esforço e criar batimentos prematuros ou arritmias mais graves. Esses devem ser sinais de alerta para o descondicionamento ou investigação adicional.
A preocupação com o coração do atleta vem das características em comum entre este e uma doença grave chamada miocardiopatia hipertrófica, que é um distúrbio genético que faz com que o músculo hipertrofie mesmo sem necessidade.
É uma doença relativamente comum na população geral, e os portadores desta apresentam alto risco de morte se submetidos à atividade física extenuante.
Acredita-se que a maioria dos atletas que morrem subitamente durante a atividade física tem alguma doença genética (como miocardiopatia hipertrófica ou síndrome do QT longo), que talvez pudesse ter sido identificada em exames de rotina, como ECG ou ecocardiograma. (Com Minha Vida)