Terça, 05 Julho 2016 13:29

Crianças com dislexia precisam de cuidados especiais

Muitos pais ficam preocupados quando seus filhos apresentam grandes dificuldades de leitura e escrita, principalmente a partir dos 9 anos.

 

E não é para menos. A situação é excepcional nessa idade e se torna muito estranha se a criança for inteligente e viver em ideais condições socioculturais.

 

Esse contexto pode ser a realidade de muitas crianças, especialmente as que apresentam dislexia. 

 

Mas o que isso significa? Trata-se de um transtorno neurogenético, primordialmente hereditário, que leva pequenos e jovens (4 a 7% da população) a apresentarem uma dificuldade de compreender, interpretar e memorizar conhecimentos por meio da leitura. Nestes casos, não há fluência nem automação de interpretação, levando-os a repetir tal processo várias vezes até entender o que está escrito.

 

Ela é caracterizada por uma dificuldade severa na capacidade de soletrar, perceber e decodificar as sílabas dos sons das letras, de adquirir a habilidade necessária para manipular mentalmente as letras e as palavras levando a uma significativa incapacidade de compreender, raciocinar e interpretar com conhecimentos por meio da leitura. 

 

Nesta condição, é comum ocorrer trocas, inversões e/ou omissões de letras, confusões fonéticas, dificuldade de definir esquerda e direita, de abstração matemática, falta de memorização de sequências temporais e visuais, além de vocabulário pobre e esquecimento frequente de fragmentos textuais. 

 

Os disléxicos costumam demorar mais para se alfabetizarem e não se interessam em se expressar, por meio de palavras, historinhas e fatos cotidianos. Além disso, possuem dificuldades em nomeação de figuras ou cores e apresentam histórico de atraso na fala durante os primeiros cinco anos de vida. 

 

No entanto, não se trata de pessoas sem conserto. É possível intervir precocemente em crianças de risco antes de apresentarem grandes dificuldades na fase escolar. A remediação precoce já é amplamente aceita e vista como eficaz na literatura internacional e nacional desde os anos 90. 

 

Trabalhos mostram que esta intervenção reduz os riscos em até 40% dos casos. Como a dislexia é uma condição, não existe tratamento curativo, mas sim de manejo multidisciplinar com medicações, intervenções fonoaudiológicas e psicopedagógicas. 

 

Outro fator fundamental é a mudança pedagógica que deve ser empreendida no ambiente escolar, individualizando e otimizando aspectos do conteúdo e da avaliação. É necessário compreender tais crianças e ressaltar sempre que elas possuem plena condição de terem sucesso profissional e acadêmico se bem compreendidas. 

 

Caso contrário, as mesmas podem desenvolver crises de ansiedade e pânico em sala de aula se colocadas para ler em público, por exemplo. Há uma maior chance de repetência e evasão, risco de doenças mentais (especialmente depressão) e de se envolverem com más companhias. Portanto, pais, fiquem atentos e acompanhem todo o desenvolvimento de seus filhos.

 

 

 

Veja também:

  • Policiais militares entram em casa em chamas e resgatam três crianças e cão de estimação

    Policiais militares resgataram três crianças de um incêndio, na noite de ontem dia 30, por volta das 19h, na Rua Laucídio Coelho, em Rio Brilhante (MS).

     

    As causas do incêndio ainda serão investigadas pela polícia.

  • Crianças eram trazidas do Paraguai para adoção ilegal

    A Polícia Civil esclareceu o caso de abandono que envolveu o menino de apenas um ano encontrado no Bairro Cascavel Velho no dia 10 de outubro em Cascavel, no Oeste do Paraná. 

     

    Na tarde desta terça dia 24, durante entrevista coletiva o Nucria, o Ministério Público e o Juizado da Infância e Juventude falaram sobre o crime que envolveu o caso de abandono. 

  • Ambliopia pode levar à cegueira nos primeiros anos de vida; saiba mais

    Caracterizada pela diminuição da percepção visual, a ambliopia – popularmente conhecida como ‘olho preguiçoso’ – ocorre quando a visão central, parcial ou total do olho, não é desenvolvida adequadamente.

     

    Essa perda ocular pode ser considerada leve, grave, severa ou profunda e, se não tratada a tempo, torna-se irreversível, podendo levar à cegueira.

Entre para postar comentários