A média é o dobro do registrado entre os usuários de entre 45 e 55 anos. Essa exposição tem trazido pacientes cada vez mais jovens aos consultórios de fisioterapia.
A medicina, inclusive, já cunhou novos termos para os desvios causados pela superexposição aos aparelhos “texting tendinitis" para se referir a inflamações nos tendões dos dedos, em especial dos polegares e o “text neck”, utilizado para a postura que, dependendo do grau de inclinação do pescoço, pode causar uma sobrecarga de até 27 kg a mais na coluna cervical.
Segundo André Nogueira Ferraz, fisioterapeuta especializado em ortopedia, traumatologia e esportes e sócio fundador da Club Físio, “a flexão para frente da cervical diminui o espaço entre as vértebras, aumentando a pressão nos discos intervertebrais causando dores musculares, desconfortos na região do pescoço e, em quadros mais severos, protusões e hérnias discais”, explica.
Ele reconhece a importância da tecnologia, mas recomenda diminuir o tempo online e prestar atenção na postura durante o uso. “O trabalho de estabilização da coluna se faz necessário e é indispensável para tratar e prevenir problemas futuros”, reforça.
Sobre os membros superiores, ele lembra das lesões por esforço repetitivos que ficaram famosos pelas longas horas de escritório: “podemos até dizer que as antigas e famosas Ler/Dort, decorrentes dos esforços repetitivos agora são por excesso no uso de celulares”, finaliza.
Pesquisa
O estudo Global Mobile Consumer Survey, realizado pela Deloitte foi feito em novembro de 2015, com 2 mil pessoas dos 18 aos 55 anos. A pesquisa ainda mostra que o brasileiro, em média, olha seu Smartphone 78 vezes ao dia. Por gênero, as mulheres se conectam mais que os homens 89 contra 69 vezes ao dia, respectivamente. (Com Bem Paraná)