Quarta, 04 Dezembro 2013 00:30

Governo do Paraná mostra pesquisa que mapeia saúde dos estudantes da rede pública

Secretário do Esporte, Evandro Roman Secretário do Esporte, Evandro Roman

 

O Governo do Estado concluiu o mapeamento dos alunos das escolas públicas do Paraná, para melhorar saúde e qualidade de vida dos estudantes.

 

O estudo apontou que 72,9% dos alunos paranaenses estão com o peso esperado, 22,8% com excesso de peso e 4,3% estão abaixo do peso considerado ideal.

 

Dos estudantes que apresentaram excesso de peso 16% estavam com sobrepeso e 6,8% foram considerados obesos, de acordo com o índice de massa corporal.

 

O relatório foi realizado pela Secretaria de Estado do Esporte e Turismo do Paraná em parceria com as Secretarias de Estado da Saúde, da Educação, da Família e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com os Conselhos Regionais de Medicina, de Educação Física, de Nutrição e de Psicologia, envolvendo centenas de profissionais de diversas áreas da saúde, educação e esporte.

 

Foram coletadas e analisadas, durante um ano, amostras de 17 mil alunos de 12 a 18 anos, de 361 escolas, em 94 municípios de todos os 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado. O secretário estadual do Esporte, Evandro Roman, disse que os números preocupam e trabalho de conscientização junto aos alunos, pais e professores será inciado.

 

 

REGIÕES – O estudo dividiu o Paraná em dez regiões, a com maior prevalência de sobrepeso é a que engloba Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, com 27,6% de alunos acima do peso ideal. A região que tem os melhores índices é a Sudeste (entre os municípios de General Carneiro, Prudentópolis, Ipiranga e Antônio Olinto), com 14,8% dos alunos com excesso de peso. O baixo peso, que representa a parcela da população escolar abaixo dos índices ideais de massa corporal para a idade, é prevalente nas regiões Oeste (6,4%) e Norte Central (6,3%).

 

De acordo com o IBGE, em 2012, a média de sobrepeso entre as capitais brasileiras era de 24,1%. Em nível nacional, a região Sul possui 27,7% da população escolar com excesso de peso, enquanto que o Sudeste tem 22,9%. Os Estados da região Nordeste apresentaram 21,8%, do Centro-Oeste 17,9% e do Norte, 18,1% de alunos com taxas acima das consideradas ideais.

 

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que a infância é a fase mais ideal para se promover hábitos saudáveis. “Como as crianças estão em constante desenvolvimento é mais fácil corrigir maus hábitos que possam acarretar problemas crônicos no futuro. Além disso, podemos trabalhar com prevenção e promoção da saúde”, destacou.

 

As secretarias estaduais da Saúde e da Educação implantaram o Programa Saúde na Escola, em 85% dos municípios, para melhorar a qualidade de vida dos alunos e também desenvolver atividades em prol da comunidade onde a escola está inserida.

 

HÁBITOS – O secretário estadual do Esporte, Evandro Roman, disse que a cultural local em determinadas regiões contribuiu para os números elevados. “O Paraná mantém bolsões culturais, como a colonização de etnias que ainda mantêm certo sedentarismo e com alto consumo de gordura animal e carboidratos. Em outros aspectos, vimos também que alguns pais saem muito cedo para trabalhar e voltam tarde para casa. Eles optam por deixar alimentos de fácil acesso para os filhos comerem em casa, como salgadinhos, refrigerante e biscoitos recheados, depois que voltam da escola. Crianças precisam sentir prazer em vestir uma camiseta, um tênis no pé e praticar esportes com seus amigos, em suas cidades”.

 

O consumo de refrigerante mostrou ser o grande vilão da mesa do estudante paranaense, já que 94% dos entrevistados afirmaram consumir diariamente a bebida. Frutas são consumidas por aproximadamente 30% dos alunos, hortaliças por 36%, e 24% deles declararam consumir frituras todos os dias. Outras determinantes apontaram que filho único tem 90% de chances de apresentar excesso de peso corporal. Os jovens cujas famílias são de classe econômica mais alta têm 86% de chance, enquanto as de renda mais baixa somaram 64%.

 

ESPORTES - Entre outros dados, a pesquisa também revelou os esportes prediletos das crianças e adolescentes. O futebol lidera a lista com a preferência de 69,3% dos rapazes e 29,1% das moças. O voleibol é a única modalidade que as meninas praticam com mais frequência que os meninos, 41,4% contra 32,1%. Nos esportes individuais, a pesquisa revelou que a natação é praticada por 19,6% dos alunos e por 16% das alunas. Lutas, atletismo e tênis de campo, respectivamente, completam a lista dos esportes mais procurados.

 

O assessor técnico-científico do Programa Paraná Saudável, Dartagnan Pinto Guedes, responsável pela pesquisa, explicou que o relatório vai dar aos profissionais da saúde, do esporte e da educação mais critérios para tratar o problema do excesso de peso de forma mais eficaz. “Todos devemos fazer atividades físicas, mas o aluno, o jovem, precisa muito mais. Brincar no recreio, em casa, onde for, ajuda muito para a perda de gordura e na redução de medidas. Com pequenas atitudes já poderemos observar bons resultados rumo à um Paraná muito mais saudável”, incentiva Dartagnan. (AEN)

 

 

 

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