Em assembleia neste sábado dia 22, em Curitiba, os professores e funcionários das escolas da rede pública estadual decidiram rejeitar a proposta do governo do Estado e manter a greve iniciada na última segunda.

Por 724 votos contra 719, eles rejeitaram o acordo pelo qual o governo se comprometia a retirar de pauta a proposta de suspensão por tempo indeterminado do reajuste salarial do funcionalismo público, em troca do retorno ao trabalho das categorias paralisadas.

Uma assembleia geral dos professores está marcada para a manhã de sábado dia 22.

Na reunião, a categoria deve decidir se dará continuidade ou não à greve iniciada no dia 17 de setembro contra a emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que retira o reajuste da categoria previsto para janeiro de 2017.

Os estudantes do Movimento Ocupa Paraná marcaram uma assembleia para a próxima quarta dia 19 a fim de decidir se desocupam temporariamente 145 escolas para garantir que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), marcado para 5 e 6 de novembro.

"Nós do movimento Ocupa Paraná deixamos claro que já nos aproximamos de 800 escolas ocupadas e que não temos intenção alguma de prejudicar ninguém no ENEM, sabemos que os estudantes das 145 escolas não hesitariam em suspender temporariamente as ocupações para que a prova acontecesse.

O movimento Ocupa Paraná divulgou em seu portal, às 5h30 desta quarta dia 19, que aumentos para 735 o número de escolas ocupadas na rede pública do Estado.

De acordo com lideranças do movimento, que começou há 17 dias, a tendência é de que nas próximas horas sejam contabilizados 1000 estabelecimentos de ensino público ocupados.

De acordo com balanço inicial da APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual, metade da categoria aderiu à greve, o que soma 30 mil professores e servidores da Educação.

A reivindicação da categoria é a a retirada das emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviadas pelo governo à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que afetam o cumprimento da data-base dos servidores.