E as quedas são os principais vilões: pelo menos 30% dos idosos ao ano Brasil são vítimas de quedas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A recuperação é sempre complicada, devido às mudanças fisiológicas em ossos e articulações associadas ao envelhecimento.
Um dos motivos de uma maior concentração de queda durante os meses de frio mais intenso é o fato dos idosos suarem menos, tendendo a irem mais vezes ao banheiro durante a noite para urinar. Com isto, ficam mais expostos ao risco de quedas provocadas, normalmente, por pisos escorregadios, tapetes soltos, iluminação deficiente, camas com altura inadequada e outros obstáculos existentes pelo caminho.
De acordo com ortopedistas da SBOT-PR, as quedas entre os idosos são um dos principais problemas clínicos e de saúde pública, que contribuem para a incapacidade das pessoas de faixa etária avançada e ocorrem com muito mais frequência do que se imagina. As fraturas mais comuns são de quadril, punho e ombro. São fraturas muito complexas, por fragilidade óssea, que levam à necessidade de tratamento cirúrgico, com implantes ortopédicos, às vezes até próteses, com complicações que podem deixar o idoso incapacitado ou até levar à morte.
A pessoa exposta ao frio tem, ainda, uma tendência a adotar uma postura encolhida, especialmente observada na coluna dorsal e cervical. É por isso que nesta época há uma incidência maior de torcicolos.
O que fazer
- Utilizar bolsa de água quente nas extremidades, principalmente à noite, o que diminui o desconforto do frio;
- Permanecer algum tempo sentado antes de se levantar da cama ou do sofá, para que o sangue circule pelo cérebro e não cause tonturas;
- Acender as luzes para não correr o risco de tropeçar em objetos ou móveis;
- Nos banheiros, adaptações para a pessoa de idade avançada também são uma maneira de cautela;
- Barras de proteção nas paredes para o idoso se apoiar devem ser instaladas;
- O vaso sanitário tem que ter, no mínimo, 50 centímetros de altura.
O que evitar
- Pisos escorregadios ou irregulares;
- Tapetes soltos e desfiados;
- Obstáculos no chão como fios, brinquedos, mesas pequenas, animais domésticos;
- Iluminação deficiente;
- Camas de altura inadequada, baixa ou alta demais;
- Cadeiras baixas e sem braços para apoio;
- Móveis frágeis, principalmente se localizados em corredores onde os idosos os façam também como apoio;
- Escadas sem corrimão e com degraus altos e inapropriados;
- Calçados inapropriados, não emborrachados nos solados, como chinelinhos de flanela. (Com Bonde)
