Quarta, 23 Março 2016 14:07

Técnica para transplantar rim torna todos os doadores compatíveis

Há quase 20 mil pessoas na fila do transplante de rim apenas no Brasil.

 

Além de muita espera, outro obstáculo difícil é encontrar um doador compatível: entre pessoas que não são da mesma família, as chances de compatibilidade são de 1 em 100 mil. Mas há uma possível solução para isso.

 

É a "dessensibilização" - uma técnica que altera a resposta imunológica do receptor, diminuindo as chances de rejeição. Ela funciona - e isso acaba de ser comprovado por um novo estudo, que acaba de ser publicado e acompanhou mil transplantados ao longo de oito anos. 

 

A técnica funciona assim: 15 dias antes do transplante, o sangue do paciente é 'filtrado' por uma máquina que remove seus anticorpos. Com o tempo, o corpo do paciente produz novos anticorpos, mas aqui está o truque: esses novos agentes são menos propensos a atacar o rim transplantado, embora os cientistas ainda não entendam muito bem o por quê.

 

A dessensibilização chega a ser mais segura do que receber rins compatíveis. Os pacientes que passaram pela tal "filtragem" têm duas vezes mais chances de sobreviver ao transplante do que recebendo um rim de um doador compatível. Além disso, a sobrevida é maior: cerca de 76% dos pacientes que passaram pelo processo antes de um transplante estão vivos 8 anos depois, enquanto que entre os que receberam um rim compatível, 63% sobreviveram no mesmo tempo. (com Super Interessante)

 

 

 

Veja também:

  • Marcelo Rezende tem falência múltipla de órgãos

    O jornalista Marcelo Rezende, internado desde a  ultima terça dia 12, teve falência múltipla dos órgãos do aparelho digestivo.  

     

    Ele está em observação no hospital Moriah, na zona sul de São Paulo.

  • Menina de 13 anos salva oito vidas com doação recorde de órgãos

    A doação de órgãos da menina Jemima Layzell, de 13 anos, estabeleceu um novo recorde na Inglaterra, segundo autoridades do país: foram salvas oito vidas, incluindo as de cinco crianças.

     

    Jemima, de Somerset (Reino Unido), morreu em 2012 de um aneurisma cerebral, mas sua contribuição só foi revelada nesta semana pelo sistema de saúde britânico, o NHS.

  • Transporte de órgãos dispara após FAB manter aeronave à disposição

    O número de órgãos humanos transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB) subiu mais de 2.000% desde o decreto que obriga a entidade a manter sempre uma aeronave à disposição para o traslado. A medida foi assinada pelo presidente Michel Temer (PMDB) em junho de 2016. 

     

    O índice passou de apenas três entre janeiro e março do ano passado para 66 no primeiro trimestre de 2017, uma alta de 2.100%. Os principais destinos dos órgãos foram Distrito Federal, Pernambuco e São Paulo e nos três primeiros meses deste ano, a FAB transportou, entre outros, 30 fígados, 20 corações e 10 rins.

Entre para postar comentários